segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Súplica - O Poder da Criação - Minha Missão (Triologia do Alumbramento)



A parceria entre João Nogueira e Paulo César Pinheiro rendeu muitos e ótimos frutos. Dentre eles destaco nesta postagem a Triologia do Alumbramento, composta das músicas Súplica, O Poder da Criação e Minha Missão.


Todas as três canções foram gravadas por João Nogueira na virada dos anos 70 e 80, respectivamente nos álbuns Clube do Samba (1979), Boca do Povo (1980) e O Homem dos Quarenta (1982).


Súplica
João Nogueira / Paulo César Pinheiro

O corpo a morte leva
A voz some na brisa
A dor sobe pras trevas
O nome a obra imortaliza
A morte benze o espírito
A brisa traz a música
Que na vida é sempre a luz mais forte
Ilumina a gente além da morte.

Venha a mim, óh, música
Vem no ar
Ouve de onde estás a minha súplica
Que eu bem sei talvez não seja a única
Venha a mim, oh, música
Vem secar do povo as lágrimas
Que todos já sofrem demais
E ajuda o mundo a viver em paz.

Vídeo João Nogueira





O Poder da Criação
João Nogueira / Paulo César Pinheiro

Não, ninguem faz samba só porque prefere
Força nenhuma no mundo interfere
Sobre o poder da criação
Não, não precisa se estar nem feliz nem aflito
Nem se refugiar em lugar mais bonito
Em busca da inspiração

Não, ela é uma luz que chega de repente
Com a rapidez de uma estrela cadente
Que acende a mente e o coração
É, faz pensar que existe uma força maior que nos guia
Que está no ar
Vem no meio da noite
Ou no claro do dia
Chega a nos angustiar

E o poeta se deixa levar por essa magia
E o verso vem vindo
E vem vindo uma melodia
E o povo começa a cantar...
Lalalaiá, laiá, lalaiá...

Áudio João Nogueira




Minha Missão
João Nogueira / Paulo César Pinheiro

Quando eu canto
É para aliviar meu pranto
E o pranto de quem já tanto sofreu.
Quando eu canto
Estou sentindo a luz de um santo
Estou ajoelhando aos pés de Deus.

Canto para anunciar o dia
Canto para amenizar a noite
Canto pra denunciar o açoite
Canto também contra a tirania

Canto porque numa melodia
Acendo no coração do povo
A esperança de um mundo novo
E a luta para se viver em paz.

Do Poder da Criação
Sou continuação
E quero agradecer
Foi ouvida minha Súplica
Mensageiro sou da música.

O meu canto é uma Missão
Tem força de oração
E eu cumpro o meu dever
Aos que vivem a chorar
Eu vivo pra cantar
E canto pra viver

Quando eu canto a morte me percorre
E eu solto um canto da garganta
Que a cigarra quando canta morre
E a madeira quando morre, canta.

Vídeo João Nogueira




Áudio João Nogueira: Triologia do Alumbramento

sábado, 29 de janeiro de 2011

Toada de Gado - A Morte do Vaqueiro


 Toada de Gado
Vavá Machado / Arlindo Marcolino

Oh...Vaqueiro do meu sertão
Não despreza o teu gibão
Nosso destino é marcado pela providência divina
Assim se achou nas colinas Raimundo Jacó assassinado
Seu nome serviu de fama
Luiz Gonzaga gravou e o padre João celebrou uma missa em coral
Os santos também sentiram
Enviaram os poetas ouviram e os nordestinos aplaudiram uma toada de gado
Os santos sentiram tanto, que derramaram seu pranto
Raimundo Jacó nesse canto por nós é homenageado
Eh, vida de gado, ôô...

A Morte do Vaqueiro
Nelson Barbalho / Luiz Gonzaga

Ê gado..ohhh...ê...
Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Só lembrado do vaqueiro que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar tão dolente a cantar
Tengo lengo tengo...
Ê gado oh...

Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão teu cantar meu irmão
Tengo lengo tengo...
Ê gado oh...

Sacudido numa cova
Desprezado do senhor
Só lembrado o cachorro que ainda chora a sua dor
É demais, tanta dor não tem mais seu amor
Tego, lego, tengo, lengo, tengo...
Ê gado ohhh ê ê ê...

Áudio Quinteto Violado aqui.

Vídeo de 'A Morte do Vaqueiro' com Luiz Gonzaga e Quinteto Violado

A Vida do Viajante


 A Vida do Viajante
Luiz Gonzaga / Hervé Cordovil

Minha vida é andar
Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei.

Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa
Sigo o roteiro
Mais uma estação
E a saudade [alegria] no coração

Minha vida é andar...

Mar e terra
Inverno e verão
Mostra o sorriso
Mostra a alegria
Mas eu mesmo não
E a alegria no coração

Minha vida é andar...

Vídeo Gonzagão & Gonzaguinha (Wagner Tiso no piano)

Assum Preto



Assum Preto
Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira

Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis)

Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá de mió (bis)

Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vez a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)

Assum Preto, o meu cantar
É tão triste quanto o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus

Vídeo Gal Costa


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Baião


Baião
Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira

Eu vou mostrar pra vocês
Como se dança o baião
E quem quiser aprender
É favor prestar atenção
Morena chega pra cá
Bem junto ao meu coração
Agora é só me seguir
Pois eu vou dançar o baião

Eu já dancei balancê
Xamego, samba e xerém
Mas o baião tem um quê
Que as outras danças não têm
Quem quiser é só dizer
Pois eu com satisfação
Vou dançar cantando o baião

Eu já cantei no Pará
Toquei sanfona em Belém
Cantei lá no Ceará
E sei o que me convém
Por isso eu quero afirmar
Com toda convicção
Que sou doido pelo baião

Áudio Luiz Gonzaga aqui.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Segue o Seco



Segue o Seco
Carlinhos Brown / Marisa Monte

A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem secarque o caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca

Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você
Ó chuva preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotado do céu
Pode ser coco derramado

Vídeo Marisa Monte

Não é Proibido



Não é Proibido 
Marisa Monte / Dadi / Seu Jorge

Jujuba, bananada, pipoca,
Cocada, queijadinha, sorvete,
Chiclete, sundae de chocolate.

Paçoca, mariola, quindim,
Frumelo, doce de abóbora com coco,
Bala juquinha, algodão doce e manjar.

Venha pra cá, venha comigo!
A hora é pra já, não é proibido.
Vou te contar: tá divertido,
Pode chegar!

Vai ser nesse fim de semana
Manda um e-mail para a Joana vir

Não precisa bancar bacana
Fala para o Peixoto chegar aí!

Traz todo mundo, tá liberado, é só chegar
Traz toda a gente, tá convidado, é pra dançar
Toda tristeza deixa lá fora; chega pra cá!

Jujuba, bananada, pipoca...

Traz todo mundo, tá convidado, é só chegar
Traz toda a gente, tá liberado, é pra dançar
Toda tristeza deixa lá fora; chega pra cá!

Áudio Marisa Monte

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Vivo Sonhando (Dreamer) - Sabiá - Saudade do Brasil



Acabei de ver no Google que hoje é aniversário do Tom Jobim: 84 anos se estivesse vivo. Como tô numa fase muito sonhadora escolhi postar Vivo Sonhando (ou Dreamer na versão em inglês). Ouvindo o início da versão instrumental do Tom (postada abaixo) me lembrei do final instrumental da música Sabiá ("vou voltar, sei que ainda vou voltar....") que a Elis gravou (também presente neste aqui, vale a pena conferir). Parece que é uma citação e, se for, tem tudo a ver: "você não vindo, não vindo a vida tem fim..." E, finalmente, lembrando que a gravação da Elis está no seu disco Saudade do Brasil, segue o tema instrumental homônimo do Tom em seu disco Urubu: saudade do Brasil, saudade do Tom.


Vivo Sonhando
Tom Jobim

Vivo sonhando, sonhando mil horas sem fim
Tempo em que vou perguntando se gostas de mim
Tempo de falar em estrelas, falar de um mar, de um céu assim
Falar do bem que se tem mas você não vem, não vem
Você não vindo, não vindo a vida tem fim
Gente que passa sorrindo zombando de mim
E eu a falar em estrelas, mar, amor, luar
Pobre de mim que só sei te amar

Dreamer (Vivo Sonhando)
Tom Jobim - versão de Gene Lees

Why are my eyes always full of this vision of you
Why do I dream silly dreams that I fear won't come true
I long to show you the stars
Caught in the dark of the sea
I long to speak of my love but you don't come to me
So I go on asking if maybe one day you'll care
I tell my sad little dreams to the soft evening air
I am quite hopeless it seems, two things I know how to do
One is to dream
Two is loving you

Áudio Tom Jobim (instrumental), Dick Farney e Sarah Vaughan











Sabiá
Tom Jobim e Chico Buarque

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De um palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor
Talvez possa espantar
As noites que eu não queira
E anunciar o dia

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer

Áudio Elis Regina





Saudade do Brasil
Tom Jobim
instrumental

Áudio Tom Jobim


sábado, 22 de janeiro de 2011

Certos Amigos


Certos Amigos
Daniel Lucena

Quando esse trem de alegria vara a vida da gente
Sempre que a estação mais perto é o nosso coração
Difícil se saber na hora o que a gente sente
Se certos amigos nos mostram que o mundo ainda é bom
Por saber,
Que tendo você do meu lado me sinto mais forte
Quero beijar o teu rosto e pegar tua mão
Se cada estrela no céu é um amigo na terra
A força do acaso do encontro é uma constelação
Lumiar,
De que planeta você é?
Eu faço o que você quiser em troca do teu amor
Posso te dar o que eu sou, amigo é um cobertor
Bordado de estrelas - de estrelas.
Constelação, nave louca
A vida é pouca e o que vale é se querer
Constelação, nave louca
A vida é pouca e o que vale é se querer
Mais e mais que mais e...

Vídeo Expresso Rural


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Transversal do Tempo


Transversal do Tempo
João Bosco / Aldir Blanc

As coisas que eu sei de mim
São pivetes da cidade
Pedem, insistem e eu
Me sinto pouco à vontade
Fechada dentro de um táxi
Numa transversal do tempo
Acho que o amor
É a ausência de engarrafamento

As coisas que eu sei de mim
Tentam vencer a distância
E é como se aguardassem feridas
Numa ambulância
As pobres coisas que eu sei
Podem morrer, mas espero
Como se houvesse um sinal
Sem sair do amarelo

Áudio e vídeo Elis Regina



Sentimental Eu Fico


 Sentimental Eu Fico
Renato Teixeira

Sentimental eu fico
Quando pouso na mesa de um bar
Eu sou um lobo cansado carente
De cerveja e velhos amigos

Na costura da minha vida
Mais um ponto
No arremate do sorriso mais um nó
Aqui pra nós cantar não tá pra peixe
Tem coisa transformando a água em pó

E apesar de estar no bar caçando amores
Eu nego tudo e invento explicações
Amigo velho amar não me compete
Eu quero é destilar as emoções

Sentimental eu fico . . .

E os projetos todos tolos combinados
Perecerão nas margens da manhã
Uma tontura solta na cabeça
Um olho em Deus e outro com Satã

E quando o sol raiar desentendido
Eu vou ferir a vista na manhã
E olharei para quem vai pro trabalho
Com os olhos feito os olhos de uma rã

Áudio Elis Regina

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Quereres


O Quereres
Caetano Veloso

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alta, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock’n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim

Áudio Caetano Veloso e vídeo Chico & Caetano



Bambayuque

 
Bambayuque
Zeca Baleiro

Enquanto você na arquibancada eu na geral
Enquanto eu além de tudo você afinal
Enquanto eu rondó você madrigal...
Enquanto eu paro e penso você avança o sinal
Enquanto você carta marcada eu canastra real
Enquanto eu lugar-comum você especial
Enquanto eu na cozinha você no quintal...

Você dois pra lá, e eu dois pra cá
É a dança da nossa paixão
Dois pra lá, e eu dois pra cá
É a dança da nossa paixão

Enquanto você kamikase eu general
Enquanto eu paquetá você cabo canaveral
Enquanto eu média luz você carnaval...
Enquanto você no olimpo ai de mim mortal
Enquanto você brisa eu vendaval
Enquanto você Roberto eu Hermeto Pascoal

Você dois pra lá, e eu dois pra cá
É a dança da nossa paixão
Dois pra lá, e eu dois pra cá
É a dança da nossa paixão

Enquanto você monumento eu pedra de sal
Enquanto você na folia eu no funeral
Enquanto eu matriz você filial...
Enquanto você Branca de Neve eu Lobo Mau
Enquanto eu papai-e-mamãe você sexo oral
Enquanto eu na canção você no parque industrial

Você dois pra lá, e eu dois pra cá
É a dança da nossa paixão
Dois pra lá, e eu dois pra cá
É a dança da nossa paixão

Áudio Renato Braz aqui.

Se


Se
Djavan

Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...

Eu levo a sério, mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá que não quer meu calor
São jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não

Vídeo Djavan

Incompatibilidade de Gênios

Este post e os três seguintes têm um tema em comum: a incompatibilidade de gênios na música popular brasileira!



Incompatibilidade de Gênios
João Bosco / Aldir Blanc

Dotô,
jogava o Flamengo, eu queria escutar.
Chegou,
Mudou de estação, começou a cantar.
Tem mais,
Um cisco no olho, ela em vez de assoprar,
Sem dó falou,
sem dó falou ,que por ela eu podia cegar.

Se eu dou,
Um pulo, um pulinho, um instantinho no bar,
Bastou,
Durante dez noites me faz jejuar
Levou,
As minhas cuecas pro bruxo rezar.
Coou,
Meu café na calça prá me segurar

Se eu tô
Devendo dinheiro e vem um me cobrar
Dotô,
A peste abre a porta e ainda manda sentar
Depois,
Se eu mudo de emprego que é pra melhorar
Vê só,
Convida a mãe dela prá ir morar lá

Dotô,
Se eu peço feijão ela deixa salgar
Calor,

Mas veste o casaco veste casaco prá me atazanar
E ontem,
Sonhando comigo mandou eu jogar
No burro,
E deu na cabeça a centena e o milhar

Ai, quero me separar

Áudio e vídeo João Bosco



Quando o Samba Acabou

 Noel Rosa por Elifas Andreato

Quando o Samba Acabou
Noel Rosa

Lá no morro da Mangueira
Bem em frente a ribanceira
Uma cruz a gente vê

Quem fincou foi a Rosinha
Que é cabrocha de alta linha
E nos olhos tem seu não sei quê

Numa linda madrugada
Ao voltar da batucada
Pra dois malandros olhou a sorrir

Ela foi se embora
Os dois ficaram
E depois se encontraram
Pra conversar e discutir

Lá no morro
Uma luz somente havia
Era lua que tudo assistia
Mas quando acabava o samba se escondia

Na segunda batucada
Disputando a namorada
Foram os dois improvisar

E como em toda façanha
Sempre um perde e outro ganha
Um dos dois parou de versejar
E perdendo a doce amada
Foi fumar na encruzilhada
Passando horas em meditação

Quando o sol raiou
Foi encontrado
Na ribanceira estirado
Com um punhal no coração

Lá no morro uma luz somente havia
Era Sol quando o samba acabou
De noite não houve lua
Ninguém cantou


Áudio Cristina Buarque

Mistérios


Mistérios
Joyce / Maurício Maestro

Um fogo queimou dentro de mim
Que não tem mais jeito de se apagar
Nem mesmo com toda água do mar
Preciso aprender os mistérios do fogo pra te incendiar
Um rio passou dentro de mim
Que eu não tive jeito de atravessar
Preciso um navio pra me levar
Preciso aprender os mistérios do rio pra te navegar

Vida breve, natureza
Quem mandou, coração?

Um vento bateu dentro de mim
Que eu não tive jeito de segurar
A vida passou pra me carregar
Preciso aprender os mistérios do mundo
Pra te ensinar

Áudio Joyce

sábado, 15 de janeiro de 2011

Piercing



Piercing
Zeca Baleiro

"Quando o homem inventou a roda
logo Deus inventou o freio,
um dia, um feio inventou a moda,
e toda roda amou o feio"

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor 4X

Pra elevar minhas idéias não preciso de incenso
Eu existo porque penso
tenso por isso existo
São sete as chagas de cristo
São muitos os meus pecados
Satanás condecorado
na tv tem um programa
Nunca mais a velha chama
Nunca mais o céu do lado
Disneylândia eldorado
Vamos nós dançar na lama
Bye bye adeus Gene Kelly
Como santo me revele
como sinto como passo
Carne viva atrás da pele
aqui vive-se à míngua
Não tenho papas na língua
Não trago padres na alma
Minha pátria é minha íngua
Me conheço como a palma
da platéia calorosa
Eu vi o calo na rosa
eu vi a ferida aberta
Eu tenho a palavra certa
pra doutor não reclamar
Mas a minha mente boquiaberta
Precisa mesmo deserta
Aprender aprender a soletrar

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor 4X

Não me diga que me ama
Não me queira não me afague
Sentimento pegue e pague
emoção compre em tablete
Mastigue como chiclete
jogue fora na sarjeta
Compre um lote do futuro
cheque para trinta dias
Nosso plano de seguro
cobre a sua carência
Eu perdi o paraíso
mas ganhei inteligência
Demência, felicidade,
propriedade privada
Não se prive não se prove
Dont't tell me peace and love
Tome logo um engov
pra curar sua ressaca
Da modernidade essa armadilha
Matilha de cães raivosos e assustados
O presente não devolve o troco do passado
Sofrimento não é amargura
Tristeza não é pecado
Lugar de ser feliz não é supermercado

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor 4X

O inferno é escuro
Não tem água encanada
Não tem porta não tem muro
Não tem porteiro na entrada
E o céu será divino
confortável condomínio
Com anjos cantando hosanas
nas alturas nas alturas
Onde tudo é nobre
e tudo tem nome
Onde os cães só latem
Pra enxotar a fome
Todo mundo quer quer
Quer subir na vida
Se subir ladeira espere a descida
Se na hora "h" o elevador parar
No vigésimo quinto andar
der aquele enguiço
Sempre vai haver uma escada de serviço

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor 4X

Todo mundo sabe tudo todo mundo fala
Mas a língua do mudo ninguém quer estudá-la
Quem não quer suar camisa não carrega mala
Revólver que ninguém usa não dispara bala
Casa grande faz fuxico quem leva fama é a senzala
Pra chegar na minha cama tem que passar pela sala
Quem não sabe dá bandeira quem sabe que sabia cala
Liga aí porta-bandeira não é mestre-sala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala
E não se fala mais nisso
Mas nisso não se fala

Tire o seu piercing do caminho
Que eu quero passar
Quero passar com a minha dor 4X

Áudio Zeca Baleiro

A Flor e o Espinho



A Flor e o Espinho
Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Alcides Caminha

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor

Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor

Áudio Nelson Cavaquinho

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tanto Querer

 Tanto Querer
Geraldo Azevedo e Nando Cordel

Quando a gente se encontra
Cresce no peito um gosto de vida, um sorriso
Tanto querer
É quando a luz da saudade acende de um jeito
Se faz tanto tempo a gente não quer nem saber
Agora será como sempre, eterno presente
Certeza que mesmo distante, em nós resistiu
Seja luar, amanhecer
Saudade vem e vai
Amor é o que me levará a você.

Vídeo Geraldo Azevedo

Inclinações Musicais



Inclinações Musicais
Geraldo Azevedo e Renato Rocha

Quem inventou o amor
Teve certamente inclinações musicais

Quantas canções parecidas
E tão desiguais
Como as coisas da vida
Coisas que são parecidas
Feito impressões digitais
No violão esta mesma subida
Na voz a rima de sempre
Coração essa mesma batida
Que bate tão diferente
Quando acontece na gente
O mesmo amor
É um amor diferente demais
Quem inventou o amor
Teve certamente inclinações musicais

Áudio Geraldo Azevedo

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Roendo as Unhas



Roendo as Unhas
Paulinho da Viola

Meu samba não se importa que eu esteja numa
De andar roendo as unhas pela madrugada
De sentar no meio fio não querendo nada
De cheirar pelas esquinas minha flor nenhuma

Meu samba não se importa se eu não faço rima
Se pego na viola e ela desafina
Meu samba não se importa se eu não tenho amor
Se dou meu coração assim sem disciplina

Meu samba não se importa se desapareço
Se digo uma mentira sem me arrepender
Quando entro numa boa ele vem comigo
E fica desse jeito se eu entristecer

Áudio Paulinho da Viola

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tempo Perdido



Tempo Perdido
Renato Russo

Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...

Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...

Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!...

Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...

Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...

Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...

Tão Jovens! Tão Jovens!...

Áudio Legião Urbana

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Desenredo (G.R.E.S. Unidos do Pau-Brasil)


Desenredo (G.R.E.S. Unidos do Pau-Brasil)
Ivan Lins / Gonzaguinha

No dia em que o jovem Cabral chegou por aqui, ô ô
Conforme diversos anúncios na televisão
Havia um coro afinado da tribo tupi
Formado na beira do cais cantando em inglês
Caminha saltou do avião assoprando um apito em free bemol
Atrás vinha o resto empolgado da tripulação
Usando as tamancas no acerto da marcação
Tomando garrafas inteiras de vinho escocês
Partiram num porre infernal por dentro das matas, ô ô
Ao som de pandeiros chocalhos e acordeon
Tamoios, Tupis, Tupiniquins, acarajés ou Carijós (sei lá...)

Chegaram e foram formando aquele imenso cordão, meu Deus quibão
E então de repente invadiram a Avenida Central, mas que legal
E meu povo, vestido de tanga adentrou ao coral
Um velho cacique dos pampas sacou do piston
E deu como aberto, em decreto mais um carnaval, ah que bom
E assim, a Vinte e Dois daquele mês de Abril
Fundaram a Escola de Samba Unidos do Pau-Brasil

Áudio Gonzaguinha

Desenredo



Desenredo
Dori Caymmi / Paulo César Pinheiro

Por toda terra que passo me espanta tudo que vejo
A morte tece seu fio de vida feita ao avesso
O olhar que prende anda solto
O olhar que solta anda preso
Mas quando eu chego eu me enredo
Nas tranças do teu desejo

O mundo todo marcado a ferro, fogo e desprezo
A vida é o fio do tempo; a morte, o fim do novelo
O olhar que assusta anda morto
O olhar que avisa anda aceso
Mas quando eu chego eu me perco
Nas tramas do teu segredo

Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe

A cera da vela queimando, o homem fazendo seu preço
A morte que a vida anda armando, a vida que a morte anda tendo
O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego eu me enrosco
Nas cordas do seu cabelo

Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe...

Áudio Edu Lobo & Dori Caymmi + Nana Caymmi




sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Linha de Passe

Caricatura de Jonas Santos


Pega pra capá!...


Linha de Passe
João Bosco, Paulo Emílio e Aldir Blanc

Toca de tatu, linguiça e paio e boi zebu
Rabada com angu, rabo-de-saia
Naco de peru, lombo de porco com tutu
E bolo de fubá, barriga d'água
Há um diz que tem e no balaio tem também
Um som bordão bordando o som, dedão, violação

Diz um diz que viu e no balaio viu também
Um pega lá no toma-lá-dá-cá, do samba
Um caldo de feijão, um vatapá, e coração
Boca de siri, um namorado e um mexilhão
Água de benzê, linha de passe e chimarrão

Babaluaê, rabo de arraia e confusão...

Eh, yeah, yeah . . .
(Valeu, valeu, Dirceu do seu gado deu...)

Cana e cafuné, fandango e cassulê

Sereno e pé no chão, bala, camdomblé

E o meu café, cadê? Não tem, vai pão com pão

Já era Tirolesa, o Garrincha, a Galeria
A Mayrink Veiga, o Vai-da-Valsa, e hoje em dia
Rola a bola, é sola, esfola, cola, é pau a pau
E lá vem Portela que nem Marquês de Pombal
Mal, isso assim vai mal, mas viva o carnaval
Lights e sarongs, bondes, louras, King-Kongs
Meu pirão primeiro é muita marmelada

Puxa saco, cata-resto, pato, jogo-de-cabresto
E a pedalada

Quebra outro nariz, na cara do juiz
Aí, e há quem faça uma cachorrada
E fique na banheira, ou jogue pra torcida
Feliz da vida

Toca de tatu, lingüiça e paio e boi zebu
Rabada com angu, rabo-de-saia
Naco de peru, lombo de porco com tutu

E bolo de fubá, barriga d'água
Há um diz que tem e no balaio tem também
Um som bordão bordando o som, dedão, violação
Diz um diz que viu e no balaio viu também
Um pega lá no toma-lá-dá-cá do samba


Vídeo João Bosco com Yamandú Costa

Senhorinha



Senhorinha
Guinga / Paulo César Pinheiro

Senhorinha
Moça de fazenda antiga, prenda minha
Gosta de passear de chapéu, sombrinha
Como quem fugiu de uma modinha

Sinhazinha
No balanço da cadeira de palhinha
Gosta de trançar seu retrós de linha
Como quem parece que adivinha (amor)

Será que ela quer casar
Será que eu vou casar com ela
Será que vai ser numa capela
De casa de andorinha

Princesinha
Moça dos contos de amor da carochinha
Gosta de brincar de fada-madrinha
Como quem quer ser minha rainha

Sinhá mocinha
Com seu brinco e seu colar de água-marinha
Gosta de me olhar da casa vizinha
Como quem me quer na camarinha (amor)

Será que eu vou subir no altar
Será que irei nos braços dela
Será que vai ser essa donzela
A musa desse trovador

Ó prenda minha
Ó meu amor
Se torne a minha senhorinha

Áudio Guinga (o clarinete é Paulo Sergio Santos)

Modinha




Modinha
Tom Jobim / Vinicius de Morais

Não, não pode mais meu coração
Viver assim dilacerado
Escravizado a uma ilusão
Que é só desilusão
Não, não seja a vida sempre assim
Como um luar desesperado
A derramar melancolia em mim
Poesia em mim
Vai, triste canção, sai do meu peito
E semeia emoção
Que chora dentro do meu coração

Vídeo Elis & Tom + Elis & Cesar



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Um Novo Rumo


Um Novo Rumo
Artur Verocai / Geraldo Flach

Vou caminhando sem caminho
Em cada passo vou levando meu cansaço.
O que me espera uma terra, um desencontro
A cidade, a claridade.
E essa estrada não tem volta
Lá se solta o fim do mundo
Um fim incerto que me assusta
Longe ou perto se prepara
Ninguém para para pensar
Para olhar a dor que chora a morte
De um valente lutador.
Quem foi já não sou.

Vou chegando à encruzilhada
Descobrir um caminho e uma nova direção
Onde eu piso vou deixando o que não sou,
(Vou para a luta, eu vou)
Não paro não, vou para a luta, agora eu vou
Não paro não

Tem tanta gente que se vai
À imensidao do seu querer
Querendo vida sem a morte
Ser mais forte sem sofrer
E ter certeza sem buscar
Ganhar o amigo sem se dar
Sem semear colher o amor
O amor ferido pela guerra
Quem na terra desconhece
Aparece sem valor
Levo o meu braço qual alguém
Que já caiu mas levantou
Quem foi já não sou.

Vou chegando à encruzilhada
Descobrir um caminho e uma nova direção
Onde eu piso vou deixando o que não sou,
(Vou para a luta, eu vou)
Não paro não, vou para a luta, agora eu vou
Não paro não

Onde eu piso vou deixando o que não sou,
(Vou para a luta, eu vou)
Não paro não, vou para a luta, agora eu vou
Não paro não
Não paro não
Não paro não

Áudio Elis Regina

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Contrato de Separação

 
Contrato de Separação
Dominguinhos - Anastácia

Olha, essa saudade
Que maltrata o meu peito
É ilusão
E por ser ilusão é mais difícil de apagar

Ela vai me consumindo lentamente
Ela brinca com meu peito
E leva sempre a melhor

Eu quis fazer com ela um contrato de separação
Negou-se, então, a aceitar
Sorrindo da minha ilusão

Só tem um jeito agora
É tentar de vez me libertar
Brigar com a lembrança
Pra não mais lembrar

Áudio Nana Caymmi, Dominguinhos (acordeon), Dori Caymmi (piano e arranjos)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Valsa Brasileira



Valsa Brasileira
Edu Lobo / Chico Buarque

Vivia a te buscar
Porque pensando em ti
Corria contra o tempo
Eu descartava os dias
Em que não te vi
Como de um filme
A ação que não valeu
Rodava as horas pra trás
Roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho
Pra encostar no teu

Subia na montanha
Não como anda um corpo
Mas um sentimento
Eu surpreendia o sol
Antes do sol raiar
Saltava as noites
Sem me refazer
E pela porta de trás
Da casa vazia
Eu ingressaria
E te veria
Confusa por me ver
Chegando assim
Mil dias antes de te conhecer

Áudio Chico Buarque e vídeo Edu Lobo



domingo, 2 de janeiro de 2011

O Último Romântico


Encerrando o ciclo alto astral iniciado na semana passada...


O Último Romântico
Lulu Santos, Antonio Cicero e Sérgio Souza

Faltava abandonar a velha escola
Tomar o mundo feito coca-cola
Fazer da minha vida sempre
O meu passeio público
E ao mesmo tempo fazer dela
O meu caminho só
Único

Talvez eu seja
O último romântico
Dos litorais
Desse Oceano Atlântico...

Só falta reunir
A zona norte à zona sul
Iluminar a vida
Já que a morte cai do azul...

Só falta te querer
Te ganhar e te perder
Falta eu acordar
Ser gente grande
Prá poder chorar...

Me dá um beijo, então
Aperta a minha mão
Tolice é viver a vida
Assim, sem aventura...

Deixa ser
Pelo coração
Se é loucura então
Melhor não ter razão...

Áudio Lulu Santos

O Trem Azul



Taí uma de minhas músicas favoritas!


O Trem Azul
Lô Borges / Ronaldo Bastos

Coisas que a gente se esquece de dizer
Frases que o vento vem as vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
Na canção do vento não se cansam de voar
Você pega o trem azul
O sol na cabeça
o sol pega o trem azul
Você na cabeça
O sol na cabeça

Áudio e vídeo com Elis Regina



Here Comes The Sun



Here Comes The Sun
George Harrison

Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right

Little darling
It's been a long cold lonely winter
Little darling
It feels like years since it's been here
Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right

Little darling
The smiles returning to the faces
Little darling
It seems like years since it's been here
Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right

Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...

Little darling
I feel that ice is slowly melting
Little darling
It seems like years since it's been clear
Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right
Here comes the sun
Here comes the sun
It's all right
It's all right

Áudio The Beatles

sábado, 1 de janeiro de 2011

De Mamadeira



De Mamadeira
João Bosco / Francisco Bosco

Vou mamar de mamadeira
Clareia amor, clareia
Vou dar três toques na madeira
Clareia amor, clareia

Filosofia, bicicleta, gamão
Na vida há tanta coisa pra se aprender
Pra quase tudo basta prática e dom
Na vida só não se aprende a viver

Fiz muitos planos, calculei, projetei
Que pena, nada fica no lugar
Ô, digo o que não é, se é não sei dizer
Delírio por delírio o jeito é delirar

Vou te pedir em casamento amanhã
Você tem um minuto para não pensar
Se der na telha pego um trem pro Japão
Já que meu destino é gauche, azar

Não quero mais tentar curar o meu mal
Grilado na cidade tropical
Ô, besteira, vou sambar a vida inteira
Fazer minha terapia com batuque em fundo de quintal
Chega dessa coisa carpideira
Vou mamar de mamadeira
Vou babar meu avental

Áudio João Bosco

Andar Com Fé



Andar Com Fé
Gilberto Gil

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá

Que a fé tá na mulher
A fé tá na cobra coral
Ô-ô
Num pedaço de pão
A fé tá na maré
Na lâmina de um punhal
Ô-ô
Na luz, na escuridão

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá

A fé tá na manhã
A fé tá no anoitecer
Ô-ô
No calor do verão
A fé tá viva e sã
A fé também tá pra morrer
Ô-ô
Triste na solidão

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá

Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Ô-ô
A pé ou de avião
Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Ô-ô
Pelo sim, pelo não

Áudio Gilberto Gil

O Melhor Vai Começar


Agora em 2011, dando continuidade ao tema alto astral iniciado ano passado... :D

O Melhor Vai Começar
Guilherme Arantes

Eu quero o sol
Ao despertar
Brincando com a brisa
Por entre as plantas
Da varanda
Em nossa casa

Eu quero amar
É lógico
Que o mundo não me odeia
Hoje eu sou mais romântico
Que a lua cheia

Você mostrou pra mim
Onde encontrar assim
Mais de um milhão
De motivos pra sonhar, enfim
E é tão gostoso ter
Os pés no chão e ver
Que o melhor da vida
Vai começar

Áudio Guilherme Arantes