sábado, 10 de março de 2012
O Compositor Me Disse
O Compositor Me Disse
Gilberto Gil
O compositor me disse que eu cantasse distraidamente
Essa canção
Que eu cantasse como se o vento soprasse pela boca
Vindo do pulmão
E que eu ficasse ao lado pra escutar o vento jogando as palavras
Pelo ar
O compositor me disse que eu cantasse ligada no vento
Sem ligar
Pras coisas que ele quis dizer
Que eu não pensasse em mim nem em você
Que eu cantasse distraidamente como bate o coração
E que eu parasse aqui
Assim
Áudio Elis Regina
terça-feira, 6 de março de 2012
Melodia Sentimental
Da suíte sinfônica A Floresta do Amazonas (1958), Melodia Sentimental, de Heitor Villa-Lobos sobre poema de Dora Vasconcelos, possui várias interpretações, das quais selecionei a de João Bosco (voz, violão e arranjo) e Marco Pereira (violões, violão 8 cordas) no disco de João intitulado Dá Licença, Meu Senhor, de 1995.
Melodia Sentimental
Heitor Villa-Lobos e Dora Vasconcelos
Acorda, vem ver a lua
Que dorme na noite escura
Que surge tão bela e branca
Derramando doçura
Clara chama silente
Ardendo meu sonhar
As asas da noite que surgem
E correm o espaço profundo
Oh, doce amada, desperta
Vem dar teu calor ao luar
Quisera saber-te minha
Na hora serena e calma
A sombra confia ao vento
O limite da espera
Quando dentro da noite
Reclama o teu amor
Acorda, vem olhar a lua
Que dorme na noite escura
Querida, és linda e meiga
Sentir meu amor e sonhar
Áudio João Bosco e Marco Pereira
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segunda-feira, 5 de março de 2012
Bachianas Brasileiras n.4 - Prelúdio
Hoje o maestro Heitor Villa-Lobos completaria 125 anos. Em sua homenagem selecionei uma de suas composições de que mais gosto: o Prelúdio das Bachianas Brasileiras n.4. A primeira interpretação é de Egberto Gismonti (piano, sintetizador e arranjo) acompanhado por uma orquestra de cordas no disco Trem Caipira (1985), todo com obras do Villa, um espetáculo! Já a segunda é um vídeo com a orquestra de cordas Arte Viva, regida por Amilson Godoy, outro espetáculo!
Bachianas Brasileiras n.4 - Prelúdio
Heitor Villa-Lobos
Instrumental
Áudio Egberto Gismonti e orquestra de cordas
Vídeo Orquestra de Cordas Arte Viva
domingo, 4 de março de 2012
Sangue Latino
A ótima canção Sangue Latino, de João Ricardo e Paulo Mendonça, foi interpretada em 1973 pelo grupo Secos & Molhados, composto por Ney Matogrosso, João Ricardo e Gérson Conrad.
Sangue Latino
João Ricardo e Paulo Mendonça
Jurei mentiras
E sigo sozinho
Assumo os pecados
Os ventos do norte
Não movem moinhos
E o que me resta
É só um gemido
Minha vida, meus mortos
Meus caminhos tortos
Meu Sangue Latino
Minh'alma cativa
Rompi tratados
Traí os ritos
Quebrei a lança
Lancei no espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa
É não estar vencido
Minha vida, meus mortos
Meus caminhos tortos
Meu Sangue Latino
Minh'alma cativa
Áudio Secos & Molhados
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sábado, 3 de março de 2012
Eu Não Aguento
Eu Não Aguento, da Banda Tiroteio - Sérgio Boneka, Trambolho e Clover Over (Cássio) -, foi gravada pelos Titãs no seu álbum Domingo, de 1995 (ou 1996). Participam: Charles Gavin (bateria, samplers e programação rítmica), Marcelo Fromer (guitarra), Tony Bellotto (guitarra e violão), Sérgio Britto (voz solo e teclado) e Nando Reis (vocais e baixo), com a participação de Sérgio Boneka. A gravação tem os acordes iniciais de Sangue Latino, de João Ricardo e Paulo Mendonça, do grupo Secos e Molhados, de 1973 (ver aqui). No clip da música também há uma citação da capa do LP do grupo de Ney Matogrosso, João Ricardo e Gérson Conrad, em que as cabeças dos músicos, também maquiados, são servidas em um banquete.
Eu Não Aguento
Banda Tiroteio
Eu não aguento, não aguento
Eu não aguento, não aguento
É de noite, é de dia
Mão na cabeça e documento
Eu vou me embora para a ilha, fazer a cabeça
Sob o sol que irradia, queimando em ritual
É na batida do reggae, com o cabelo trançado
Eu tô livre na vida, o que é que há de errado
Com a noite que brilha, o que é que há de errado
Com a noite que brilha?
(Mão na cabeça e o documento!)
É, malandragem, a vida não tá fácil não
Mas deixa que eu seguro esta bronca
Se liga...
(Mão na cabeça e o documento!)
A vida pra mim não preservou mais nada
Eu fico esperando ela terminar
A arma para mim agora está apontada
So mais uma geral que eu tenho que aguentar
Tá liberado, vai embora, some da minha frente
Se te encontro novamente vou te enquadrar
Não posso mais viver a vida alegremente
Tem sempre autoridade para me discriminar
Todo mundo pinta o sete
Eu também quero pintar
Vídeo Titãs e Sérgio Boneka
Making of do clip
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sexta-feira, 2 de março de 2012
Uns Iguais Aos Outros
A banda Titãs interpreta Uns Iguais Aos Outros, de Sérgio Britto e Charles Gavin, no disco Domingo, de 1996. Participam: Nando Reis (baixo), Charles Gavin (bateria), Marcelo Fromer (guitarra), Tony Bellotto (guitarra), Paulo Miklos (vocais e teclado) e Sérgio Britto (voz solo e teclado).
Uns Iguais Aos Outros
Sérgio Britto e Charles Gavin
Os homens são todos iguais
Os homens são todos iguais
Ingleses, indianos
Africanos contra africanos
Aos humildes o reino dos céus
Ao povo alemão e ao de Israel
Putas, ladrões e aidéticos
Católicos e evangélicos
Todos os homens são iguais
Brancos, pretos e orientais
Todos são filhos de deus
Os pretos são os judeus
Cristãos e protestantes
Kaiowas contra xavantes
Árabes, turcos e iraquianos
São iguais os seres humanos
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros
Americanos contra latinos
Já nascem mortos os nordestinos
Os retirantes e os jagunços
O sertão é do tamanho do mundo
Dessa vida nada se leva
Nesse mundo se ajoelha e se reza
Não importa que língua se fala
Aquilo que une é o que separa
Não julgue pra não ser julgado
Os pobres são pobres-coitados
São todos iguais no fundo, no fundo
As mulheres são os pretos do mundo
Tanto faz a cor que se herda
Seja feita a tua vontade no céu como na terra
Gays, lésbicas-homosexuais
Todos os homens são iguais
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros
Os homens são todos iguais
Os homens são todos iguais
Os retirantes e os jagunços
O sertão é do tamanho do mundo
Aos humildes o reino dos céus
Ao povo alemão e ao de Israel
Não importa que língua se fala
Aquilo que une é o que separa
Todos os homens são iguais
Brancos, pretos e orientais
São todos iguais no fundo, no fundo
As mulheres são os pretos do mundo
Cristão e protestantes
Kaiowas contra xavantes
Gays, lésbicas-homosexuais
Todos os homens são iguais
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros
Áudio Titãs
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quinta-feira, 1 de março de 2012
Ninguém = Ninguém
Ninguém = Ninguém, de Humberto Gessinger, está no disco Gessinger, Licks & Maltz, dos Engenheiros do Hawaii, lançado em 1992. Participam: Humberto Gessinger (voz e baixo), Carlos Maltz (bateria) e Augusto Licks (guitarra).
Ninguém = Ninguém
Humberto Gessinger
Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
(Ninguém = Ninguém)
Me espanta que tanta gente sinta
(Se é que sente) a mesma indiferença
Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há palavras que nunca são ditas
Há muitas vozes repetindo a mesma frase:
(Ninguém = Ninguém)
Me espanta que tanta gente minta
(Descaradamente) a mesma mentira
Todos iguais
Todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Há pouca água e muita sede
Uma represa, um apartheid
(A vida seca, os olhos úmidos)
Entre duas pessoas
Entre quatro paredes
Tudo fica claro
Ninguém fica indiferente
(Ninguém = Ninguém)
Me assusta que justamente agora
Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora
Todos iguais
Todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
O que me encanta é que tanta gente
Sinta (se é que sente)
Ou
Minta (desesperadamente)
Da mesma forma
Todos iguais
Todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais
Todos iguais
Tão desiguais...
Tão desiguais...
Áudio Engenheiros do Hawaii
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Humberto Gessinger
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