sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Cordas de Aço
Cordas de Aço
Cartola
Ah, essas cordas de aço
Este minúsculo braço
Do violão que os dedos meus acariciam
Ah, este bojo perfeito
Que trago junto ao meu peito
Só você violão
Compreende porque perdi toda alegria
E no entanto meu pinho
Pode crer, eu adivinho
Aquela mulher
Até hoje está nos esperando
Solte o teu som da madeira
Eu você e a companheira
Na madrugada iremos pra casa
Cantando
Áudio Cartola
A Voz do Violão
A Voz do Violão
Francisco Alves e Horácio Campos
Não queiras, meu amor, saber da mágoa
Que sinto quando a relembrar-te estou
Atestam-te os meus olhos rasos d'água
A dor que a tua ausência me causou.
Saudades infinitas me devoram,
Lembranças do teu vulto que nem sei
Meus olhos incessantemente choram
As horas de prazer que já gozei
Porém neste abandono interminável
No espinho de tão negra solidão
Eu tenho um companheiro inseparável
Na voz do meu plangente violão
Deixaste-me sozinho e lá distante,
Alheio à imensidão de minha dor,
Esqueces que ainda existe um peito amante
Que chora o teu carinho sedutor
No azul sem fim do espaço iluminado
Ao léu do vento se desfaz
A queixa deste amor desesperado
Que o peito em mil pedaços me desfaz
Áudio Francisco Alves
Vídeo Caetano Veloso
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Violão
Violão
Sueli Costa e Paulo César Pinheiro
Um dia eu vi numa estrada
Um arvoredo caído,
Não era um tronco qualquer.
Era madeira de pinho
E um artesão esculpia
O corpo de uma mulher.
Depois eu vi
Pela noite
O artesão nos caminhos
Colhendo raios de lua.
Fazia cordas de prata
Que, se esticadas, vibravam
O corpo da mulher nua.
E o artesão, finalmente,
Nesta mulher de madeira
Botou o seu coração
E lhe apertou contra o peito
E deu-lhe um nome bonito
E assim nasceu o violão.
Áudio Fatima Guedes (também aqui)
Vídeo "troublecleft" (solo de violão)
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Violão Vadio
Violão Vadio
Baden Powell e Paulo César Pinheiro
Novamente juntos eu e o violão
Vagando devagar, por vagar
Cantando uma canção qualquer,
Só por cantar
Mercê da solidão
Vadiando em vão por aí
Nós vamos seguir,
Outra rua, outro bar,
Outro amigo, outra mão
Qualquer companheira, qualquer direção
Até chegar em qualquer lugar
Qualquer que seja a morte a esperar
Jamais meu violão me abandonará
Se eu vivi, foi inútil viver
Já mais nada me resta saber
Quero ouvir meu violão gemer
Até me serenizar
Áudio Elizeth Cardoso
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Meu Violão
Meu Violão
Paulinho da Viola
Não posso passar sem meu violão
Não posso viver sem carinho
Quando eu não tenho ninguém
Corro e abraço meu pinho
Como ele eu seguro a saudade
E a tristeza de viver sozinho
Já vivi em minha vida
Momentos de intensa paixão
E no fogo da ferida
Eu até achava inspiração
Quantas vezes eu cantava
Quando não podia nem falar
É que meu violão me ajudava
A trazer a esperança
Dentro de um poema
Áudio Paulinho da Viola
Meu Violão
Meu Violão
Sidney Miller
Meu violão, meu coração que canta
Quanto mal espanta, quanta dor desfaz
Pois faz de conta que me fez contente
Que eu não choro mais
Fala o que sente seja o samba o que ele for
Mas de repente vem falar do meu amor
Pra dar ao samba um tom maior
Pra dar ao verso seu valor
Meu violão num toque tão ligeiro
Chegará primeiro quem melhor cantar
Por um segundo ninguém perde o mundo
Ninguém vai chorar
Virá meu tempo, vou-me embora quando for
Mas fica um samba pra falar do meu amor
Laia laia laia laia lala
Meu violão já quis fazer feitiço e não pegou
Sem compromisso batucou verdades
Que ninguém falou cantou
E agora insiste no meu samba alegre
No meu choro triste na minha canção
Pra se fazer ouvir
Faz da esperança à melodia
E traz a luz do dia como inspiração
Meu violão, eterno companheiro
Que se fez parceiro na composição
Segue o meu passo que vai no compasso do meu coração
Leva comigo mais um canto, por favor
que eu tenho tanto que falar do meu amor
Um samba só, por deus nosso senhor
Áudio Sidney Miller (também aqui)
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Blues da Piedade
Blues da Piedade
Cazuza e Roberto Frejat
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêncio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Áudio Cazuza
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Losing My Religion
Faz 20 anos que ouvi Losing My Religion da banda R.E.M. pela primeira vez. E agora a banda acabou... De qualquer forma, vale a pena ouvir/ver a música de novo no ótimo clip dirigido pelo cineasta indiano Tarsem Singh, cujo site recomendo, ver aqui.
Losing My Religion
Bill Berry, Peter Buck, Mike Mills e Michael Stipe
Oh, life is bigger
It's bigger than you
And you are not me
The lengths that I will go to
The distance in your eyes
Oh, no I've said too much
I set it up
That's me in the corner
That's me in the spot light
Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh no, I've said too much
I haven't said enough
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try
Every whisper
Of every waking hour
I'm choosing my confessions
Trying to keep an eye on you
Like a hurt, lost and blinded fool (Fool)
Oh, no I've said too much
I set it up
Consider this, consider this
The hint of the century
Consider this
The slip that brought me
To my knees failed
What if all these fantasies
Come flailing around
Now I've said too much
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try
But that was just a dream
That was just a dream
That's me in the corner
That's me in the spot light
Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh, no I've said too much
I haven't said enough
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try
But that was just a dream
Try, cry, why, try
That was just a dream
Just a dream, just a dream, dream
Vídeo R.E.M.
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R.E.M.,
Tarsem Singh
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Under the Bridge
Red Hot Chili Peppers: mais em clima de Under the Bridge do que Rock in Rio...
Under the Bridge
Anthony Kiedis, John Frusciante, Flea e Chad Smith
Sometimes I feel like I don't have a partner
Sometimes I feel like my only friend
Is the city I live in, the city of angels
Lonely as I am, together we cry
I drive on her streets 'cause she's my companion
I walk through her hills 'cause she knows who I am
She sees my good deeds and she kisses me windy
Well, I never worry, now that is a lie
And I don't ever want to feel
Like I did that day
Take me to the place I love
Take me all the way
Yeah, yeah
It's hard to believe that there's nobody out there
It's hard to believe that I'm all alone
At least I have her love, the city, she loves me
Lonely as I am, together we cry
Oh no, no, no
Yeah, yeah
Love me, I said
Yeah, yeah
One time
(Under the bridge downtown)
Is where I drew some blood
(Under the bridge downtown)
I could not get enough
(Under the bridge downtown)
Forgot about my love
(Under the bridge downtown)
I gave my life away, yeah
Yeah, yeah
Oh no, no, no
Yeah, yeah
Love me, I say
Yeah, yeah
Will I stay?
Vídeo Red Hot Chili Peppers
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domingo, 25 de setembro de 2011
Redescobrir
Redescobrir
Gonzaguinha
Como se fora brincadeira de roda
Memória
Jogo do trabalho na dança das mãos
Macias
O suor dos corpos na canção da vida
História
O suor da vida no calor de irmãos
Magia
Como um animal que sabe da floresta
Memória
Redescobrir o sal que está na própria pele
Macia
Redescobrir o doce no lamber das línguas
Macias
Redescobrir o gosto e o sabor da festa
Magia
Vai o bicho homem fruto da semente
Memória
Renascer da própria força a própria luz e fé
Memória
Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós
História
Somos a semente, ato, mente e voz
Magia
Não tenha medo, meu menino povo
Memória
Tudo principia na própria pessoa
Beleza
Vai como a criança que não teme o tempo
Mistério
Amor se fazer é tão prazer que é como fosse dor
Magia
Áudio Elis Regina e coro
Vídeo Elis Regina e coro
sábado, 24 de setembro de 2011
O Coco do Coco
O Coco do Coco
Guinga e Aldir Blanc
Moça donzela não arrenega um bom coco,
Nem a mãe dela, nem as tia, nem a madrinha.
Num coco tô com quem faz muito e acha pouco,
em rala-rala é que se educa a molhadinha.
Se tu não peca, meu bem,
Cai a peteca, neném,
Vira polícia da xereca da vizinha.
Se tu se guarda e não tem
Tá encruada que nem
Ovo no cu da galinha.
Não tem cinismo quem diz
Entre a santa e a meretriz,
Só muda a forma com que as duas se arreganha.
Eu só me queixo se criar teia de aranha,
Quem nega, ou tá de manha
Ou faz pouco que gozou.
No tempo em que eu casei de véu com meu marido
Eu era virgem do ouvido e ele nunca reclamou,
Pra ser sincera eu acho que isso inté facilitou.
Moça...
Vídeo Leila Pinheiro, Guinga e músicos da Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro - OSRJ
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Primavera (Vai Chuva)
Primavera (Vai Chuva)
Cassiano e Silvio Rochael
Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor
Trago esta rosa (para te dar)
Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Áudio Tim Maia
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Primavera
Primavera
Carlos Lyra e Vinicius de Moraes
O meu amor sozinho
É assim como um jardim sem flor
Só queria poder ir dizer a ela
Como é triste se sentir saudade
É que eu gosto tanto dela
Que é capaz dela gostar de mim
E acontece que eu estou mais longe dela
Que da estrela a reluzir na tarde
Estrela, eu lhe diria
Desce à terra, o amor existe
E a poesia só espera ver
Nascer a primavera
Para não morrer
Não há amor sozinho
É juntinho que ele fica bom
Eu queria dar-lhe todo o meu carinho
Eu queria ter felicidade
É que o meu amor é tanto
Um encanto que não tem mais fim
E no entanto ele nem sabe que isso existe
É tão triste se sentir saudade
Amor, eu lhe direi
Amor que eu tanto procurei
Ah, quem me dera eu pudesse ser
A tua primavera
E depois morrer
Áudio Djavan e Olivia Byington
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Meu Mundo É Hoje
"Meu tempo é hoje. Eu não vivo no passado, o passado vive em mim."
Paulinho da Viola
Meu Mundo É Hoje
Wilson Batista e José Batista
Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim.
Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim.
Meu mundo é hoje, não existe amanhã pra mim
Eu sou assim, assim morrerei um dia.
Não levarei arrependimentos, nem o peso da hipocrisia.
Tenho pena daqueles que se agacham até o chão
Enganando a si mesmo por dinheiro ou posição
Nunca tomei parte desse enorme batalhão,
Pois sei que além de flores, nada mais vai no caixão.
Áudio Paulinho da Viola
Vídeo Paulinho da Viola (do filme Meu Tempo É Hoje, de Izabel Jaguaribe)
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Hoje
Hoje
Moreno Veloso
Eu posso esquecer,
Para ser mais feliz,
Mas não vou mudar nada
De tudo que eu fiz.
É só não pensar em nós
Como a melhor parte de mim.
E eu quero chegar
A um dia dizer:
De tanto ficar só,
Vivo bem sem você.
Vídeo Gal Costa
Hoje
Hoje
Taiguara
Hoje
Trago em meu corpo as marcas do meu tempo
Meu desespero, a vida num momento
A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo
Hoje
Trago no olhar imagens distorcidas
Cores, viagens, mãos desconhecidas
Trazem a lua, a rua às minhas mãos
Mas hoje,
As minhas mãos enfraquecidas e vazias
Procuram nuas pelas luas, pelas ruas
Na solidão das noites frias por você
Hoje
Homens sem medo aportam no futuro
Eu tenho medo, acordo e te procuro
Meu quarto escuro é inerte como a morte
Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta vivo em minha sorte
Ah, sorte
Eu não queria a juventude assim perdida
Eu não queria andar morrendo pela vida
Eu não queria amar assim como eu te amei
Áudio Taiguara
Hoje
Hoje
Leila Pinheiro e Renato Russo
Deixa de lado essa pobreza
De quem insiste em julgar e explicar
Não vou poder calar meu coração
E essa saudade vem mansinha
Querendo me avisar
Acho que a gente é que é feliz
Deixa que falem, eles não sabem
Não falo pelos outros, só falo por mim
Ninguém vai me dizer o que sentir
Acho que a gente é que é feliz
Queria ter a carta natal do universo
E ver se entendia alguma coisa
O que espero da vida,
O que quero da minha vida
Bom tempo, muito tempo
Deixa de lado essa tristeza
Áudio Renato Russo e Leila Pinheiro
Vídeo Leila Pinheiro
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
É Hoje
É Hoje
Didi e Mestrinho
A minha alegria atravessou o mar
E ancorou na passarela
Fez um desembarque fascinante
No maior show da terra
Será que eu serei o dono dessa festa
Um rei
No meio de uma gente tão modesta
Eu vim descendo a serra
Cheio de euforia para desfilar
O mundo inteiro espera
Hoje é dia do riso chorar
Levei o meu samba pra mãe de santo rezar
Contra o mal olhado eu carrego meu patuá
Eu levei!
Acredito
Acredito ser o mais valente, nessa luta do rochedo com o mar
E com o mar!
É hoje o dia da alegria
E a tristeza, nem pode pensar em chegar
Diga, espelho meu!
Diga, espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu
Diga, espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu
Áudio Caetano Veloso
Vídeo Caetano Veloso
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terça-feira, 20 de setembro de 2011
Mambembe
Mambembe
Chico Buarque
No palco, na praça, no circo, num banco de jardim
Correndo no escuro, pichado no muro
Você vai saber de mim
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
Mendigo, malandro, moleque, molambo, bem ou mal
Escravo fugido ou louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
Poeta, palhaço, pirata, corisco, errante judeu
Dormindo na estrada, não é nada, não é nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
Vídeo Chico Buarque, Roberta Sá e Marcello Gonçalves
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011
A Vizinha do Lado
Enfim a deslumbrante Roberta Sá aparece no blog, interpretando A Vizinha do Lado, do Dorival Caymmi. Escolhi a versão de seu disco de estreia, Braseiro, de 2004, também por causa do clarinete que a acompanha, Dirceu Leite. Completam a sessão Rodrigo Campello (baixo elétrico, violão, programação eletrônica e arranjo) e Marcelo Costa (bateria e percussão).
A Vizinha do Lado
Dorival Caymmi
A vizinha quando passa com seu vestido grená
Todo mundo diz que é boa
Mas como a vizinha não há
Ela mexe com as cadeiras pra cá
Ela mexe com as cadeiras pra lá
Ela mexe com o juízo do homem que vai trabalhar
Há um bocado de gente na mesma situação
Todo mundo gosta dela na mesma doce ilusão
A vizinha quando passa e não liga pra ninguém
Todo mundo fica louco e o seu vizinho também
Áudio Roberta Sá, Dirceu Leite e demais músicos
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domingo, 18 de setembro de 2011
Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar
Sugestão da Glória Amaral!
Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar
Isabella Taviani
Foi assim que me viu numa dor sem graça
Me vestiu, me despiu, me fez outro e prata
Um amor que me arrancou pela raiz e me brotou
Ah! Me fez florir
Foi um breve temporal
Iundou meu corpo
Foi um dócil animal
Lúcido e louco
Me fez ver assombração
Espremeu meu coração
Ah! Me fez canção
Há quem diga que é o meu fim
Eu prefiro a vida assim
Há quem peça pra eu não me apressar
Mas meu coração não quer vivier batendo devagar
Então, foi assim que me vi tonta de vontade
O amor transgrediu a invencibilidade
Golpeou suavemente
Nocalteou a minha mente
Ah! Me fez nascente
Me leva pro seu mundo
Teu segundo
Teu escudo
Levo tudo
Eu me mudo
Vou me aprisionar
Mas meu coração não quer vivier batendo devagar
Áudio Isabella Taviani
sábado, 17 de setembro de 2011
Cadê Você?
Ainda no clima da D'Brega'S Drama Band...
Cadê Você?
Odair José
O tempo vai
O tempo vem
A vida passa
E eu sem ninguém
Cadê você?
Que nunca mais apareceu aqui
Que não voltou pra me fazer sorrir
Que nem ligou
Cadê você?
Mas não faz mal
Pois eu me calo
Tá tudo bem
Eu sempre falo
Áudio Odair José
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Menina Veneno
Já em clima de D'Bregas'S Drama Band hoje à noite...
Menina Veneno
Ritchie e Bernardo Vilhena
Meia noite no meu quarto
Ela vai subir
Ouço passos na escada
Vejo a porta abrir
Um abajur cor de carne
Um lençol azul
Cortinas de seda
O seu corpo nu
Menina Veneno
O mundo é pequeno
Demais pra nós dois
Em toda cama que eu durmo
Só dá você, só dá você
Só dá você!
Yeh! Yeh! Yeh! Yeh!
Seus olhos verdes
No espelho
Brilham para mim
Seu corpo inteiro
É um prazer
Do princípio ao sim
Sozinho no meu quarto
Eu acordo sem você
Fico falando pras paredes
Até anoitecer
Menina Veneno
Você tem um jeito
Sereno de ser
E toda noite
No meu quarto
Vem me entorpecer
Me entorpecer!
Me entorpecer!
Yeh! Yeh! Yeh! Yeh!...
Áudio Ritchie
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Bandeira
Bandeira
Zeca Baleiro
Eu não quero ver você cuspindo ódio
Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor
Eu não quero ver você chorar veneno
Não quero beber o teu café pequeno
Eu não quero isso seja lá o que isso for
Eu não quero aquele
Eu não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo acenando tchau
Não quero medir a altura do tombo
Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro
O melhor futuro: este hoje escuro
O maior desejo da boca é o beijo
Eu não quero ter o Tejo escorrendo das mãos
Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo
Quero tudo ter, estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo água e sal
Nada tenho vez em quando tudo
Tudo quero mais ou menos quanto
Vida vida, noves fora, zero
Quero viver, quero ouvir, quero ver
(Se é assim quero sim, acho que vim pra te ver)
Vídeo Zeca Baleiro
Telegrama
Telegrama
Zeca Baleiro
Eu tava triste
Tristinho!
Mais sem graça
Que a top-model magrela
Na passarela
Eu tava só
Sozinho!
Mais solitário
Que um paulistano
Que um canastrão
Na hora que cai o pano
Tava mais bobo
Que banda de rock
Que um palhaço
Do circo Vostok...
Mas ontem
Eu recebi um Telegrama
Era você de Aracaju
Ou do Alabama
Dizendo:
Nego, sinta-se feliz
Porque no mundo
Tem alguém que diz:
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito muito te ama,
Que tanto te ama!...
Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria...
Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu!
Quero ser seu!
Quero ser seu!
Quero ser seu papa!
Eu tava triste
Tristinho!
Mais sem graça
Que a top-model magrela
Na passarela
Eu tava só
Sozinho!
Mais solitário
Que um paulistano
Que um vilão
De filme mexicano
Tava mais bobo
Que banda de rock
E um palhaço
Do circo Vostok...
Mas ontem
Eu recebi um Telegrama
Era você de Aracaju
Ou do Alabama
Dizendo:
Nego sinta-se feliz
Porque no mundo
Tem alguém que diz:
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito te ama!
Que tanto, tanto te ama!...
Hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria...
(Me dê a mão vamos sair
Pra ver o sol!)
Áudio Zeca Baleiro
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Sei Lá... A Vida Tem Sempre Razão
A hora do sim é um descuido do não!
Sei Lá... A Vida Tem Sempre Razão
Toquinho e Vinicius de Moraes
Tem dias que eu fico
Pensando na vida
E sinceramente
Não vejo saída
Como é, por exemplo
Que dá pra entender
A gente mal nasce
E começa a morrer
Depois da chegada
Vem sempre a partida
Porque não há nada
Sem separação
Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Eu só sei que ela está com a razão
Ninguém nunca sabe
Que males se apronta
Fazendo de conta
Fingindo esquecer
Que nada renasce
Antes que se acabe
E o sol que desponta
Tem que anoitecer
De nada adianta
Ficar-se de fora
A hora do sim
É um descuido do não
Sei lá, sei lá
Eu só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão
Áudio Tom Jobim, Miúcha e Chico Buarque
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Toquinho,
Vinicius de Moraes
Tempos Modernos
...com habilidade pra dizer mais sim do que não!
Tempos Modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear
Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão
Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir
Áudio Lulu Santos
Nu Com a Minha Música
Coragem grande é poder dizer sim!
Nu Com a Minha Música
Caetano Veloso
Penso em ficar quieto um pouquinho
Lá no meio do som
Peço salamaleikum, carinho, bênção, axé, shalom
Passo devagarinho o caminho
Que vai de tom a tom
Posso ficar pensando no que é bom
Vejo uma trilha clara pro meu Brasil, apesar da dor
Vertigem visionária que não carece de seguidor
Nu com a minha música, afora isso somente amor
Vislumbro certas coisas de onde estou
Nu com meu violão, madrugada
Nesse quarto de hotel
Logo mais sai o ônibus pela estrada, embaixo do céu
O estado de São Paulo é bonito
Penso em você e eu
Cheio dessa esperança que Deus deu
Quando eu cantar pra turba de Araçatuba, verei você
Já em Barretos eu só via os operários do ABC
Quando chegar em Americana, não sei o que vai ser
Às vezes é solitário viver
Deixo fluir tranquilo
Naquilo tudo que não tem fim
Eu que existindo tudo comigo, depende só de mim
Vaca, manacá, nuvem, saudade
Cana, café, capim
Coragem grande é poder dizer sim
Áudio Caetano Veloso
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Trem das Cores
Finalizando o ciclo músicas & cores, com a colaboração da minha sobrinha Luiza Normey, iniciado algumas postagens atrás, mais uma do Caetano Veloso.
Trem das Cores
Caetano Veloso
A franja da encosta cor de laranja
Capim rosa-chá
O mel desses olhos luz, mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam, madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo ficando pra trás da manhã
E a seda azul do papel que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto, explícito objeto
Castanhos lábios
Ou, pra ser exato, lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores, sábios projetos:
Tocar na Central
E o céu de um azul celeste celestial
Áudio Caetano Veloso
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Rai das Cores
Rai das Cores
Caetano Veloso
Para a folha: verde
Para o céu: azul
Para a rosa: rosa
Para o mar: azul
Para a cinza: cinza
Para a areia: ouro
Para a terra: pardo
Para a terra: azul
(Quais são as cores que são suas cores de predileção?)
Para a chuva: prata
Para o sol: laranja
Para o carro: negro
Para a pluma: azul
Para a nuvem: branco
Para a duna: branco
Para a espuma: branco
Para o ar: azul
(Quais são as cores que são suas cores de predileção?)
Para o bicho: verde
Para o bicho: branco
Para o bicho: pardo
Para o homem: azul
Para o homem: negro
Para o homem: rosa
Para o homem: ouro
Para o anjo: azul
(Quais são as cores que são suas cores de predileção?)
Para a folha: rubro
Para a rosa: palha
Para o ocaso: verde
Para o mar: cinzento
Para o fogo: azul
Para o fumo: azul
Para a pedra: azul
Para tudo: azul
(Quais são as cores que são suas cores de predileção?)
Áudio Caetano Veloso (também aqui)
O Estrangeiro
Mais um inspirado manifesto tropicalista antropofágico de Caetano Veloso, O Estrangeiro, faixa de abertura de seu disco homônimo de1989, conta com a participação de Arto Lindsay (guitarra), Peter Sherer (teclado), Naná Vasconcelos (percussão e voz), Tony Lewis (bateria) e Bill Frisell (guitarra). No vídeo, participação de Zé Celso Martinez Corrêa, dentre outros: "Mas eu desperto porque tudo cala frente ao fato de que o rei é mais bonito nu!... But I've given up all attempts at perfection"!
O Estrangeiro
Caetano Veloso
O pintor Paul Gauguin amou a luz da Baía de Guanabara
O compositor Cole Porter adorou as luzes na noite dela
A Baía de Guanabara
O antropólogo Claude Lévi-Strauss detestou a Baía de Guanabara
Pareceu-lhe uma boca banguela
E eu, menos a conhecera, mais a amara?
Sou cego de tanto vê-la, de tanto tê-la estrela
O que é uma coisa bela?
O amor é cego
Ray Charles é cego
Stevie Wonder é cego
E o albino Hermeto não enxerga mesmo muito bem
Uma baleia, uma telenovela, um alaúde, um trem?
Uma arara?
Mas era ao mesmo tempo bela e banguela a Guanabara
Em que se passara passa passará um raro pesadelo
Que aqui começo a contruir sempre buscando o belo e o Amaro
Eu não sonhei:
A praia de Botafogo era uma esteira rolante de areia branca e óleo diesel
Sob meus tênis
E o Pão de Açúcar menos óbvio possível
À minha frente
Um Pão de Açúcar com umas arestas insuspeitadas
À áspera luz laranja contra a quase não luz, quase não púrpura
Do branco das areias e das espumas
Que era tudo quanto havia então de aurora
Estão às minhas costas um velho com cabelos nas narinas
E uma menina ainda adolescente e muito linda
Não olho pra trás mas sei de tudo
Cego às avessas, como nos sonhos, vejo o que desejo
Mas eu não desejo ver o terno negro do velho
Nem os dentes quase-não-púrpura da menina
(Pense Seurat e pense impressionista
Essa coisa da luz nos brancos dente e onda
Mas não pense surrealista que é outra onda)
E ouço as vozes
Os dois me dizem
Num duplo som
Como que sampleados num Sinclavier:
"É chegada a hora da reeducação de alguém
Do Pai, do Filho, do Espírito Santo, amém
O certo é louco tomar eletrochoque
O certo é saber que o certo é certo
O macho adulto branco sempre no comando
E o resto ao resto, o sexo é o corte, o sexo
Reconhecer o valor necessário do ato hipócrita
Riscar os índios, nada esperar dos pretos"
E eu, menos estrangeiro no lugar que no momento
Sigo mais sozinho caminhando contar o vento
E entendo o centro do que estão dizendo
Aquele cara e aquela:
É um desmascaro
Singelo grito:
"O rei está nu"
Mas eu desperto porque tudo cala frente ao fato de que o rei é mais bonito nu
E eu vou e amo o azul, o púrpura e o amarelo
E entre o meu ir e o do sol, um aro, um elo
("Some may like a soft Brazilian singer
But I've given up all attempts at perfection")
Vídeo Caetano Veloso
Olhos Coloridos
Indicação da Lisandra Macedo. E não é que eu achei uma versão com um arranjo "balanço-nervoso" tudo a ver, com Sandra de Sá, Paula Lima & Funk Como Le Gusta: Se dei bem!!!
Olhos Coloridos
Macau
Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Eu estou sempre na minha
E não posso mais fugir
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinado
Também querem enrolar
Você ri da minha roupa
Você ri do meu cabelo
Você ri da minha pele
Você ri do meu sorriso
A verdade é que você
(Todo brasileiro tem!)
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará, sarará
Sarará, sarará
Sarará crioulo
Áudio Sandra de Sá, Paula Lima & Funk Como Le Gusta
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domingo, 11 de setembro de 2011
Arco-Íris
Arco-Íris
Fatima Guedes
Fadas e gnomos,
Todos os duendes de todas as matas,
Todas as pedreiras, fios d'água, cachoeiras
Outras cores do íris,
São segredo nosso,
Quisera falar das coisas que não posso.
Do que faz do ar, a brisa, e a brisa de vento
E o vento de ventania.
Essa magia,
Essa força que comanda cada elemento,
É a poesia
De se recriar e de escolher o momento
De ser uma rosa,
E de ser o elfo que mora na rosa.
Ter um brilho intenso
Como o sol e como o ouro
No final do arco-íris.
Áudio Fatima Guedes
Lápis de Cor
Lápis de Cor
Fatima Guedes
Com amor, lápis de cor,
Desenhei uma casinha pra gente ir morar,
Com fumaça na chaminé
E o sol a brilhar
No canto da página.
Com amor, lápis de cera
Desenhei uma mangueira com uns passarinhos.
É difícil traçar bichinhos
Sem saber desenhar,
Mas eu tentei.
Plantei um jardim caprichado,
Um pouco estilizado, diferente.
Pus uma cerca branquinha, embora
Cerca nada tenha a ver com a gente
E foi tanto o meu empenho
Que o tal do desenho estava lindo
Com os pássaros cantando e o sol saindo
Do canto da página
Áudio Fatima Guedes
Aquarela
Aquarela
Toquinho e Vinicius de Moraes
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)
Áudio Toquinho
sábado, 10 de setembro de 2011
Retrato em Branco e Preto
Retrato em Branco e Preto
Tom Jobim e Chico Buarque
Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retratos
Eu teimo em colecionar
Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração
Áudio Chico Buarque
Preta Pretinha
Preta Pretinha
Luís Galvão e Moraes Moreira
Enquanto eu corria
Assim eu ía
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca...
Por minha cabeça não passava
Só! Somente Só!
Assim vou lhe chamar
Assim você vai ser
Só! Só! Somente Só!
Assim vou lhe chamar
Assim você vai ser
Laiá Larará Lararará Larará...
Preta, Preta, Pretinha!
Preta, Preta, Pretinha!
Preta, Preta, Pretinha!
Preta, Preta, Pretinha!
Eu ía lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Eu ía lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Eu ía lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Eu ía lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca...
Abre a porta e a janela
E vem ver o sol nascer...(6x)
Eu sou um pássaro
Que vivo avoando
Vivo avoando
Sem nunca mais parar
Ai Ai! Ai Ai! Saudade
Não venha me matar
Ai Ai! Ai Ai! Saudade
Não venha me matar
Ai Ai! Saudade
Não venha me matar
Ai Ai! Ai Ai! Saudade
Não venha me matar...
Lhe chamar!
Áudio Novos Baianos
Vídeo Novos Baianos (Programa MPB Especial)
Vídeo Novos Baianos (do filme Novos Baianos F. C., de Solano Ribeiro, assista aqui)
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Negro Gato
Negro Gato
Getúlio Côrtes
Eu sou um negro gato de arrepiar
E essa minha vida
É mesmo de amargar
Só mesmo de um telhado
Aos outros desacato
Eu sou um Negro Gato!
Minha triste história
Vou lhes contar
E depois de ouvi-la
Sei que vão chorar
Há tempos eu não sei
O que é um bom prato
Eu sou um Negro Gato!
Sete vidas tenho para viver
Sete chances tenho para vencer
Mas se não comer
Acabo num buraco
Eu sou um Negro Gato!
Um dia lá no morro pobre de mim
Queriam minha pele para tamborim
Apavorado desapareci no mato
Eu sou um Negro Gato!
Áudio Roberto Carlos
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Negro Amor (It's All Over Now, Baby Blue)
Negro Amor (It's All Over Now, Baby Blue)
Bob Dylan - versão Caetano Veloso e Péricles Cavalcanti
Vá, se mande, junte tudo que você puder levar
Ande, tudo que parece seu é bom que agarre já
Seu filho feio e louco ficou só
Chorando feito fogo à luz do sol
Os alquimistas já estão no corredor
E não tem mais nada negro amor
A estrada é pra você e o jogo é a indecência
Junte tudo que você conseguiu por coincidência
E o pintor de rua que anda só
Desenha maluquice em seu lençol
Sob seus pés o céu também rachou
E não tem mais nada negro amor
Seus marinheiros mareados abandonam o mar
Seus guerreiros desarmados não vão mais lutar
Seu namorado já vai dando o fora
Levando os cobertores? E agora?
Até o tapete sem você voou
E não tem mais nada negro amor
E não tem mais nada...
As pedras do caminho deixe para trás
Asqueça os mortos que não levantam mais
O vagabundo esmola pela rua
Vestindo a mesma roupa que foi sua
Risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor
E não tem mais nada negro amor
Áudio Gal Costa
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Cabelos Negros
Cabelos Negros
Luiz Antônio de Cássio e Eduardo Dusek
Eu quero seus cabelos negros
Nas minhas mãos
Eu quero seus olhinhos ciganos
Nos meus sonhos
Eu quero você minha vida inteira
Como doce mania
Fosse qualquer maneira
Eu queria você assim como é
Sem mentir, nem dizer
O que não quiser
Eu quero você criança
Caída no chão
Eu quero você brilhando
Brincando de mim
Pois eu quis você
Como o sol e as estrelas
Noites de lua
Nostalgia
E vou ter você
Mesmo só pra pensar
Nessas coisas de amar
Na alegria
Eu começo a descobrir
Que em meu coração
Tá nascendo um jardim
Pensando em plantar
Você dentro de mim
Pois preciso lhe ver
Várias vezes florescendo
Nas luas crescentes
Sentir seu perfume
Pra encontrar você
Áudio Eduardo Dusek
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Letras Negras
Letras Negras
Geraldo Azevedo e Fausto Nilo
Pelo jornal o dia chega
Com as letras negras
Do que está por vir
Pelo meu sonho era tudo bem
Você passava e olhava pra mim
Seu olhar miragem
Surgindo na paisagem
De fumaça e luz
No paraíso amor um dia
Imaginamos cidades azuis
Oh meu amor
Meu grande amor
E agora?
Serenai! Serenai! Oh verde mar
A madrugada chegou
Começa o dia você me
Incendeia
Amor me incendeia
Até florescer
E nada mais bonito
Que o grito selvagem
Do subúrbio lado blue
Desconstruindo muros
Até o sonho aparecer
Oh meu amor
Meu grande amor
E agora
A voz na sacada
Da casa rosada
A solidão da voz
E na varanda branca
Da alvorada
O tempo cansa
De esperar por nós
Será que é preciso
Imaginar o cosmo
Pra compreender
Que esse neném no colo
Tenta resistir
Essa madona
Quer sobreviver
Oh meu amor
Meu grande amor
E agora
De lá das estrelas
Eles querem ver
Esse mundo explodir
Lágrimas na rua
De verdade
Tudo pode acontecer
Afinal
O sonho é um sinal
Que tenha fruta madura
No quintal do vizinho
Por tanto tempo
Eu fiquei sozinho
Pelo jornal
O mundo acabou
Oh meu amor
Meu grande amor
E agora?
Áudio Geraldo Azevedo
Pérola Negra
Pérola Negra
Luiz Melodia
Tente passar pelo que estou passando
Tente apagar este teu novo engano
Tente me amar pois estou de amando
Baby, te amo, nem sei se te amo
Tente usar a roupa que eu estou usando
Tente esquecer em que ano estamos
Arranje algum sangue, escreva num pano
Pérola Negra, te amo, te amo
Rasgue a camisa, enxugue meu pranto
Como prova de amor mostre teu novo canto
Escreva num quadro em palavras gigantes
Pérola Negra, te amo, te amo
Tente entender tudo mais sobre o sexo
Peça meu livro querendo eu te empresto
Se inteire da coisa sem haver engano
Áudio Luiz Melodia
Luz Negra
Luz Negra
Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso
Sempre só
Eu vivo procurando alguém
Que sofra como eu também
Mas não consigo achar ninguém
Sempre só
E a vida vai seguindo assim
Não tenho quem tem dó de mim
Tô chegando ao fim
A luz negra de um destino cruel
Ilumina um teatro sem cor
Onde eu tô representando o papel
Do palhaço do amor
Vídeo Cazuza
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Nelson Cavaquinho
Ovelha Negra
Ovelha Negra
Rita Lee
Levava uma vida sossegada
Gostava de sombra
E água fresca
Meu Deus!
Quanto tempo eu passei
Sem saber!
Han!! Han!
Foi quando meu pai
Me disse:
"Filha, você é a Ovelha Negra
Da família"
Agora é hora de você assumir
Uh! Uh! E sumir!
Baby Baby
Não adianta chamar
Quando alguém está perdido
Procurando se encontrar
Baby Baby
Não vale a pena esperar
Oh! Não!
Tire isso da cabeça
Ponha o resto no lugar
Ah! Ah! Ah! Ah!
Tchu! Tchu! Tchu! Tchu!
Não!
(Ovelha Negra da Família!)
Tchu! Tchu! Tchu!
Não! Vai sumir!
Áudio Rita Lee
Orquídea Negra
Orquídea Negra
Jorge Mautner
Atenção, artilheiro
Três salvas de tiros de canhão
Em honra aos mortos da Ilha da Ilusão
Durante a última revolução do coração e da paixão
Apontar a estibordo… Fogo!
Você é a orquídea negra
Que brotou da máquina selvagem
E o anjo do impossível
Plantou como nova paisagem
Você é a dor do dia a dia
Você é a dor da noite à noite
Você é a flor da agonia
A chibata, o chicote e o açoite
Lá fora ecoa a ventania
E os ventos arrastam vendavais
Do que foi, do que seria
Do que nunca volta jamais
Parece até a própria tragédia grega
Da mais profunda melancolia
Parece a bandeira negra
Da loucura e da pirataria
Atenção, artilheiro…
Áudio Zé Ramalho
Máscara Negra
Dalva de Oliveira de novo...
Máscara Negra
Zé Kéti e Pereira Matos
Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou
Que te beijou, meu amor
A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Áudio Dalva de Oliveira
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Bandeira Branca
Bandeira Branca
Max Nunes e Laércio Alves
Bandeira branca, amor
Não posso mais
Pela saudade
Que me invade
Eu peço paz
Saudade mal de amor, de amor
Saudade dor que dói demais
Vem, meu amor
Bandeira branca
Eu peço paz
Áudio Dalva de Oliveira
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Laércio Alves,
Max Nunes
Dia Branco
Dia Branco
Geraldo Azevedo e Renato Rocha
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Comigo, comigo.
Áudio Geraldo Azevedo
Casaco Marrom
Casaco Marrom
Renato Corrêa, Guarabyra e Danilo Caymmi
Eu vou voltar aos velhos tempos de mim
Vestir de novo o meu casaco marrom
Tomar a mão da alegria e sair
Bye bye, Cecy "nous allons"
Copacabana está dizendo que sim
Botou a brisa à minha disposição
A bomba H quer explodir no jardim
Matar a flor em botão
Eu digo que não
Olhando a menina
De meia estação
Alô coração,
Alô coração, alô coração
Eu vou voltar aos velhos tempos de mim
Vestir de novo o meu casaco marrom
Áudio Evinha
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