terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Comentário a Respeito de John
Comentário a Respeito de John, de Belchior e José Luis Penna, cita Happiness Is a Warm Gun, canção de John Lennon e Paul McCartney. Lançada no ótimo álbum de Belchior, de 1979.
Comentário a Respeito de John
Belchior e José Luis Penna
Saia do meu caminho
Eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decida a minha vida
Não preciso que me digam
De que lado nasce o sol
Porque bate lá meu coração
Sonho e escrevo em letras grandes (de novo)
Pelos muros do país:
João
O tempo
Andou mexendo com a gente
Sim!
John!
Eu não esqueço
(Oh No! Oh No!)
A felicidade
É uma arma quente
Quente, quente
Saia do meu caminho...
Sob a luz do teu cigarro na cama
Teu rosto-ruge
Teu batom me diz:
João!
O tempo andou mexendo com a gente
Sim!
John!
Eu não esqueço
(Oh No! Oh No!)
A felicidade
É uma arma quente
Quente, quente
Áudio Belchior
Pequeno Mapa do Tempo
Outra composição de Belchior, Pequeno Mapa do Tempo foi lançada em seu álbum Coração Selvagem, de 1977.
Pequeno Mapa do Tempo
Belchior
Eu tenho medo e medo está por fora
O medo anda por dentro do teu coração
Eu tenho medo de que chegue a hora
Em que eu precise entrar no avião
Eu tenho medo de abrir a porta
Que dá pro sertão da minha solidão
Apertar o botão: cidade morta
Placa torta indicando a contramão
Faca de ponta e meu punhal que corta
E o fantasma escondido no porão
Medo, medo, medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo que Belo Horizonte
Eu tenho medo que Minas Gerais
Eu tenho medo que Natal, Vitória
Eu tenho medo Goiânia, Goiás
Eu tenho medo Salvador, Bahia
Eu tenho medo Belém do Pará
Eu tenho medo pai, filho, Espírito Santo, São Paulo
Eu tenho medo eu tenho C eu digo A
Eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife
Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá
Eu tenho medo Estrela do Norte, paixão, morte é certeza
Medo Fortaleza, medo Ceará
Medo, medo, medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo e já aconteceu
Eu tenho medo e inda está por vir
Morre o meu medo e isto não é segredo
Eu mando buscar outro lá no Piauí
Medo, o meu boi morreu, o que será de mim?
Manda buscar outro, maninha, no Piauí
Áudio Belchior
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
A Palo Seco
À Palo Seco, de Belchior, foi lançada em seu primeiro LP de 1974, mas a música ficou nacionalmente conhecida quando o cantor, compositor e instrumentista cearense a regravou em seu disco Alucinação, de 1976. Aqui são apresentadas ambas as versões.
A Palo Seco
Belchior
Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos, lhe direi
- Amigo, eu me desesperava
Sei que, assim falando, pensas
Que esse desespero é moda em 73[76]
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português
- Tenho vinte e cinco anos de sonho e
De sangue e de América do Sul
Por força deste destino
Um tango argentino
Me vai bem melhor que um blues
Sei, que assim falando, pensas
Que esse desespero é moda em 73[76]
E eu quero é que esse canto torto
Feito faca, corte a carne de vocês
Aúdio Belchior (1974)
Áudio Belchior (1976)
domingo, 29 de janeiro de 2012
O Princípio do Prazer
Mais uma música do disco O Grande Encontro 2 (1997), O Princípio do Prazer, de Geraldo Azevedo com o ele, Elba Ramalho e Zé Ramalho.
O Princípio do Prazer
Geraldo Azevedo
Juntos vamos esquecer
Tudo que doeu em nós
Nada vale tanto pra rever
Tempo que ficamos sós
Faz a tua luz brilhar
Pra iluminar a nossa paz
O meu coração me diz
Fundamental é ser feliz
Juntos vamos acordar o amor
Carícias, canções
Deixa entrar o sol da manhã
A cor do som
Eu com você sou muito mais
O princípio do prazer
Sonho que o tempo não desfaz
Áudio Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Zé Ramalho
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sábado, 28 de janeiro de 2012
Bicho de 7 Cabeças
Bicho de 7 Cabeças, de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Renato Rocha, em três versões: a primeira instrumental com Zé Ramalho em seu disco de 1978, a segunda com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, no álbum homônimo deste último, lançado em 1979, e a última com Zé, Elba e Geraldo no disco O Grande Encontro 2, de 1997.
Bicho de 7 Cabeças
Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Renato Rocha
Não dá pé
Não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez
Desapareça cresça e desapareça
Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem pé não tem cabeça
Não dá pé não é direito
Não foi nada
Eu não fiz nada disso e você fez
Um bicho de 7 cabeças
Bicho de 7 cabeças
Áudio Zé Ramalho
Áudio Geraldo Azevedo e Elba Ramalho
Áudio Zé Ramalho, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Chorando e Cantando
Chorando e Cantando, de Geraldo Azevedo e Fausto Nilo, foi lançada por Geraldo em 1986 no seu álbum De Outra Maneira e regravada no disco Raízes & Frutos, de 1998. Também apresento um vídeo com Fausto Nilo interpretando essa ótima música: quando fevereiro chegar...
Chorando e Cantando
Geraldo Azevedo e Fausto Nilo
Quando fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua
No ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri, a gente chora
A gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Faz mais
Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois
Depois amor ô, ô, ô, ô
Ninguém, ninguém
Verá o que eu sonhei
Só você, meu amor
Ninguém verá o sonho
Que eu sonhei
Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Eu vou te procurar
Na luz
De cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz
Virar um astro incandescente
O teu amor faz cometer loucuras
Faz mais
Depois faz acordar chorando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois
Depois amor, amor ô, ô, ô, ô
Áudio Geraldo Azevedo (1986, também aqui, e 1998)
Vídeo Fausto Nilo
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
O Elefante
Ouvia muito essa música quando era criança, no início dos anos 80, quando foi apresentada no programa dos Trapalhões. Interpretada por Emilinha e Robertinho de Recife (do seu LP Satisfação, de 1981), só recentemente fiquei sabendo que Fausto Nilo é um dos compositores.
O Elefante
Robertinho de Recife e Fausto Nilo
Como criança que vai viajar
Acordei cedo e vi você sonhar
Uma ciranda doce pelo ar
E a natureza foi se balançar
A fantasia me faz delirar
Que foi que eu disse? Eu cantei sem pensar
É uma doidice que essa dança dá
É uma doidice que essa dança dá
De que país vem esse carnaval
Se o oriente nasce em meu quintal
E um sol mais quente brilha muito mais
E um corpo quente que alegria traz
Ô Papa Kid, cadê meu ganzá?
Do Congo-Belga que eu mandei buscar
Essa guitarra grita muito mais
Essa guitarra grita muito mais
Um elefante brinca muito mais
Se uma menina vai correndo atrás
Que foi que eu fiz? Foi te fazer feliz
Que foi que eu fiz? Foi te fazer chorar
Será difícil alguém pronunciar
Na melodia que essa letra dá
Na fala dela, linda é Aliá
Na fala dela, linda é Aliá
Se a natureza não me abandonar
No meu reinado você reinará
Tarzan dormindo no canavial
Tantor fazendo amor no bambual
Como a Colúmbia fosse viajar
Numa ciranda doce pelo ar
Acordei cedo e vi você sonhar
Como criança que vai viajar
Áudio Emilinha e Robertinho do Recife
Vídeo Emilinha e Robertinho do Recife nos Trapalhões
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Luiza
Hoje assisti no cinema o filme A Música Segundo Tom Jobim, de sua neta Dora Jobim (ouvir sua entrevista sobre o filme aqui) e de Nelson Pereira dos Santos (ver trailer do filme aqui e vídeo homônimo também dirigido por Nelson sobre Tom, em 1984, aqui). Realmente um arraso. Meu sonho de fazer um documentário musical, sem entrevistas, estava ali realizado, em sons e imagens! E durante a sessão me lembrei que coincidentemente também é aniversário do Maestro Soberano, que completaria hoje 85 anos. Escolhi para esta postagem especial uma das minhas canções favoritas: Luiza, do próprio Tom, que a interpreta nesse vídeo tocando piano.
Luiza
Tom Jobim
Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza
Vídeo Tom Jobim
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Se Meu Jardim Der Flor
Finalmente a planta que ganhei de presente da Patrícia e da Silvana floriu. Aí me lembrei do grande encontro de dois grupos vocais, Boca Livre e MPB-4, na interpretação de Se Meu Jardim Der Flor, de Zé Renato e Xico Chaves, lançada no disco Folia, do Boca Livre, em 1981.
Se Meu Jardim Der Flor
Zé Renato e Xico Chaves
Se meu jardim der flor
Colore em mim a saudade
No meio dessa cidade
Que a manhã clareou
Virá um beija-flor
Aqui ali sem pousar
E vai entrar nos meus olhos
Só pra te encontrar
Dê asas ao amor
Que vive dentro de todo bom coração
Pro mundo ser mais bonito
Em cada palmo de chão
Vídeo Boca Livre e MPB-4
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Viena Fica na 28 de Setembro
Elis Regina: 30 anos depois...
Sem dúvida uma das melhores duplas reveladas por Elis foi João Bosco e Aldir Blanc. No mesmo ano da morte da cantora, os compositores fizeram uma homenagem a ela e a outros nomes da música brasileira na inspirada Viena Fica na 28 de Setembro, lançada no disco de João intitulado Comissão de Frente, de 1982, com a participação, além do músico mineiro (voz, violão e arranjo), do ex-marido e arranjador dos discos de Elis nos anos 1970, Cesar Camargo Mariano (Prophet V, piano Fender Rhodes, Arp Strings e arranjo).
Vale lembrar que 28 de Setembro se refere ao boulevard de mesmo nome localizado em Vila Isabel, morada no Rio de Janeiro de ilustres compositores como Noel Rosa, Orestes Barbosa, João de Barro, Almirante e, mais recentemente, Martinho da Vila, além do próprio Aldir Blanc. As calçadas do Boulevard 28 de Setembro são decoradas com pedras portuguesas representando partituras de músicas brasileiras. Coube a Almirante nos anos 1960 fazer a seleção das músicas: Cidade Maravilhosa (André Filho) - esta primeira ainda na Praça Maracanã -, O Abre Alas (Chiquinha Gonzaga), Pelo Telefone (Donga e Mauro de Almeida), Mal-Me-Quer (Cristóvão de Alencar, Armando Reis e Newton Teixeira), Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico), Ave Maria (Ertildes Campos e Jonas Neves), Aquarela do Brasil (Ary Barroso), Jura (Sinhô), Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro), Linda Flor (Henrique Vogeler e Luís Peixoto), A Conquista do Ar (Eduardo das Neves), Luar do Sertão (Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco), Chão de Estrelas (Orestes Barbosa e Sílvio Caldas), Linda Morena (Lamartine Babo), A Voz do Violão (Francisco Alves e Horácio Campos), Na Pavuna (Homero Dornellas e Almirante), Primavera do Rio (João de Barro e Ernesto Nazareth), Apanhei-te Cavaquinho (Ernesto Nazareth), Florisbela (Nássara e Frazão) e Renascer das Cinzas (Martinho da Vila) - esta última já na Praça Barão de Drummond.
Viena Fica na 28 de Setembro
João Bosco e Aldir Blanc
Morre a luz da noite
O porre acende pra me iluminar
numa outra cena...
Zune o vento e valsam os oitis
no velho boulevard:
bosques de Viena!
Escrevo carta a uma desconhecida
Com quem tive um flerte, um anjo azul...
Pobres balconistas de paquete, de ar infeliz
são novas Bovarys...
Já perdi o expresso do oriente
onde sempre sou
vítima e assassino...
Tomo a carruagem e o cocheiro
de tabela dois
diz que é vascaíno...
Ah, triste figura, Don Quixote
quer mais um traçado
– cadê o Sancho?
Dá pro santo, bebe, e o passado
volta a desfilar,
pierrô de marcha-rancho:
...com as broncas do Ary Barroso, sem elas...
...com a bossa do Ciro Monteiro, sem ela...
...com o copo cheio de Vinícius, sem ele...
...com nervos de aço Lupicínio, sem eles...
...com as mãos do Antonio Maria, sem elas...
...com a voz do Lamartine Babo, sem ela...
...com a rosa Dolores Duran, sem ela...
...com a majestade da Elis, sem ela...
Áudio João Bosco e Cesar Camargo Mariano
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Me Deixas Louca
Elis Regina: 30 anos depois...
Nesta postagem, Elis interpreta Me Deixas Louca (Me Vuelves Loco), de Armando Manzanero com versão de Paulo Coelho. É apresentada inicialmente sua gravação em estúdio, a última de Elis, em 1981, seguida do áudio do show Trem Azul, também daquele ano, lançado no disco homônimo de 1982. Nessa gravação estão presentes os músicos Luizão Maia (baixo elétrico), Natan Marques (guitarra), Paulo Esteves (teclados), Picolé (bateria), Sérgio Henriques (teclados) e Téo Lima (bateria). Enfim são apresentados dois vídeos da música em programas da TV Bandeirantes e da Rede Globo.
Me Deixas Louca (Me Vuelves Loco)
Armando Manzanero - Versão: Paulo Coelho
Quando caminho pela rua lado a lado com você
Me deixas louca
E quando escuto o som alegre do teu riso
Que me dá tanta alegria
Me deixas louca
Me deixas louca quando vejo mais um dia
Pouco a pouco entardecer
E chega a hora de ir pro quarto
E escutar as coisas lindas que começas a dizer
Me deixas louca
Quando me pedes
Por favor que nossa lâmpada se apague
Me deixas louca
Quando transmites o calor de tuas mãos
Pro meu corpo que te espera
Me deixas louca
E quando sinto que teus braços se cruzaram
Em minhas costas
Desaparecem as palavras
Outros sons enchendo espaço
Você me abraça, a noite passa
Me deixas louca
Áudio da última gravação em estúdio
Áudio Elis Regina e demais músicos no show Trem Azul
Vídeos Elis Regina
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Rebento
Elis Regina: 30 anos depois
Rebento, de Gilberto Gil, interpretada por Elis em três momentos: na apresentação do Montreux Jazz Festival em 1979 (com Luizão Maia no baixo, Hélio Delmiro na guitarra, Chico Batera na percussão, Paulo Braga na bateria e Cesar Camargo Mariano nos teclados); no programa Grandes Nomes exibido pela Rede Globo em 1980 (com Cesar Camargo Mariano ao piano) e no disco Elis, também lançado em 1980, e também com Cesar ao piano.
Rebento
Gilberto Gil
Rebento, substantivo abstrato
O ato, a criação, o seu momento
Como uma estrela nova e o seu barato
Que só Deus sabe lá no firmamento
Rebento, tudo que nasce é rebento
Tudo que brota, que vinga, que medra
Rebento raro como flor na pedra
Rebento farto como trigo ao vento
Outras vezes rebento simplesmente
No presente do indicativo
Como a corrente de um cão furioso
Como as mãos de um lavrador ativo
Às vezes mesmo perigosamente
Como acidente em forno radioativo
Às vezes, só porque fico nervoso
Às vezes, somente porque eu estou vivo
Rebento, a reação imediata
A cada sensação de abatimento
Rebento, o coração dizendo: "Bata"
A cada bofetão do sofrimento
Rebento, esse trovão dentro da mata
E a imensidão do som
E a imensidão do som
E a imensidão do som desse momento
Vídeo Elis Regina e demais músicos no Montreux Jazz Festival
Vídeo Elis Regina e Cesar Camargo Mariano no programa Grandes Nomes
Áudio Elis Regina e Cesar Camargo Mariano no álbum Elis (1980)
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Paulo Braga
Alô, Alô, Marciano
Elis Regina: 30 anos depois...
Apresento nesta postagem dois vídeos com Elis interpretando Alô, Alô, Marciano, de Rita Lee e Roberto de Carvalho. O primeiro é um divertido clip de 1980 e o segundo é de uma apresentação do show Saudade do Brasil daquele mesmo ano. Cito a seguir os músicos da gravação dessa música no disco Saudade do Brasil (1980), provavelmente os mesmos (ou quase) nos vídeos postados: Bocato (trombone), Cesar Camargo Mariano (teclados e arranjos), Chiquinho Brandão (flauta), Cláudio Faria (trompete), Dom Chacal (percussão), José Sagica (bateria), Kzam Gama (baixo elétrico), Lino Simão Jr. (saxofone tenor), Natan Marques (viola 12 cordas), Nonô Camargo (trompete), Otávio Bangla (clarinete e saxofone tenor), Paulo Garfunkel (clarinete e saxofone alto).
Alô, Alô, Marciano
Rita Lee e Roberto de Carvalho
Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society
Alô, alô, marciano
A crise tá virando zona
Cada um por si todo mundo na lona
E lá se foi a mordomia
Tem muito rei aí pedindo alforria porque
Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society
Alô, alô, marciano
A coisa tá ficando russa
Muita patrulha, muita bagunça
O muro começou a pichar
Tem sempre um aiatolá pra atola Alá
Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society
Vídeo Elis Regina
Vídeo Elis Regina e demais músicos e bailarinos
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Rita Lee,
Roberto de Carvalho
Essa Mulher
Elis Regina: 30 anos depois
Essa Mulher, de Joyce e Ana Terra, foi gravada para o álbum Elis, Essa Mulher, de 1979. Participam dessa gravação: Altamiro Carrilho (flauta), Celso Woltzenlogel (flauta), Cesar Camargo Mariano (piano elétrico e arranjos), Cidinho (percussão), Hélio Delmiro (guitarra), Jayme Araújo (flauta), Jorginho da Flauta (flauta), Luizão Maia (baixo elétrico), Paulinho Braga (bateria) e a autora da música Joyce (violão), além de uma orquestra de cordas.
Essa Mulher
Joyce e Ana Terra
De manhã cedo essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah, como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois sorri, meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz assim feliz
De tardezinha essa menina se namora
Se enfeita, se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia, qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em quem esbarro a toda hora
No espelho casual
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural
Áudio Elis Regina e demais músicos
O Rancho da Goiabada
Elis Regina: 30 anos depois
Nesta postagem apresento um vídeo em que Elis interpreta O Rancho da Goiabada, de João Bosco e Aldir Blanc, número do show Tranversal do Tempo, no Teatro Brigadeiro em São Paulo, em um programa da TV Bandeirantes exibido em 1978. Participam: Cesar Camargo Mariano (teclados), Crispim Del Cistia (teclados), Dudu Portes (percussão e bateria), Natan Marques (violão?) e Sizão Machado (baixo elétrico).
O Rancho da Goiabada
João Bosco e Aldir Blanc
Os bóias-frias quando tomam
Umas biritas, espantando a tristeza
Sonham com um bife a cavalo, batata-frita
E a sobremesa
É goiabada cascão, com muito queijo
Depois café, cigarro e um beijo de uma mulata
Chamada Leonor ou Dagmar
Amar, o rádio de pilha, um fogão Jacaré
A marmita, o domingo, um bar
Onde tantos iguais se reúnem
Contando mentiras pra poder suportar
Ai, são pais-de-santo, paus-de-arara, são passistas
São flagelados, são pingentes, balconistas
Palhaços, marcianos, canibais, lírios, pirados
Dançando, dormindo de olhos abertos
À sombra da alegoria dos faraós embalsamados
Vídeo Elis Regina e demais músicos
Caxangá
Elis Regina: 30 anos depois
Caxangá, de Milton Nascimento e Fernando Brant, é interpretada por Elis no seu álbum de 1977. Participam dessa gravação, além de Elis, Milton Nascimento (voz, viola 12 cordas e violão Ovation), Crispim Del Cistia (guitarra), Dudu Portes (bateria), Natan Marques (guitarra) e Wilson Gomes (baixo elétrico). Já no ótimo vídeo também postado aqui, há a participação de Elis, junto com Dudu Portes, Natan Marques e Cesar Camargo Mariano, em um especial para a TV do Milton Nascimento naquele ano.
Caxangá
Milton Nascimento e Fernando Brant
Sempre no coração
Haja o que houver
A fome de um dia poder
Morder a carne dessa mulher
Veja bem meu patrão
Como pode ser bom
Você trabalharia no sol
E eu tomando banho de mar
Luto para viver
Vivo para morrer
Enquanto minha morte não vem
Eu vivo de brigar contra o rei
Em volta do fogo
Todo mundo abrindo o jogo
Conta o que tem pra contar
Casos e desejos
Coisas dessa vida e da outra
Mas nada de assustar
Quem não é sincero
Sai da brincadeira correndo
Pois pode se queimar, queimar
Saio do trabalh-ei
Volto para cas-ei
Não lembro de canseira maior
Em tudo é o mesmo suor
Áudio Elis Regina, Milton Nascimento e demais músicos (também aqui)
Vídeo Elis Regina, Milton Nascimento e demais músicos
Tatuagem
Elis Regina: 30 anos depois...
Tatuagem, de Chico Buarque e Ruy Guerra, é o fecho de ouro do álbum Falso Brilhante, lançado por Elis em 1976, e conta com a participação de Cesar Camargo Mariano (teclados, piano e arranjo), Crispim Del Cistia (teclados) e Wilson Gomes (baixo elétrico). Já o vídeo, na primeira parte, é um dueto de Elis e Cesar pra matar a pau.
Tatuagem
Chico Buarque e Ruy Guerra
Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava
Eu quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo te alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, farta, murcha
Morta de cansaço
Eu quero pesar feito cruz nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Eu quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, a ferro, a fogo
Em carne viva
Corações de mãe
Arpões, sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo
Mas não sentes
Áudio Elis Regina e demais músicos
Vídeo Elis Regina e Cesar Camargo Mariano
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Wilson Gomes
Fotografia
Elis Regina: 30 anos depois...
Elis Regina interpreta Fotografia, de Tom Jobim, no antológico Elis & Tom, de 1974. Apresento nesta postagem o áudio original e a versão alternativa lançada somente 30 anos depois. Segundo o encarte dessa edição de 2004, participam de ambas as versões: Elis Regina (voz), Hélio Delmiro (guitarra), Luizão Maia (baixo) e Paulinho Braga (bateria). Na versão original estão também Cesar Camargo Mariano (piano elétrico) e Chico Batera (percussão) e na versão alternativa, Tom Jobim (piano e violão) e Oscar Castro Neves (violão). Na verdade, pelo encarte, não é claro se Cesar Camargo Mariano participa ou não da versão alternativa. Seu nome está creditado em Arranjos, piano e piano elétrico* (*exceto Fotografia) para as músicas Bonita e Fotografia (versão alternativa), mas não sei se a exceção simbolizada pelo asterisco se refere aos arranjos, piano e piano elétrico ou apenas ao piano elétrico, daí a minha dúvida.
Fotografia
Tom Jobim
Eu, você, nós dois
Aqui nesse terraço à beira-mar
O sol já vai caindo
E o seu olhar
Parece acompanhar a cor do mar
Você tem que ir embora
A tarde cai
Em cores se desfaz
Escureceu
O sol caiu no mar
E aquela luz lá embaixo se acendeu
Você e eu
Eu, você, nós dois
Sozinhos neste bar à meia-luz
E uma grande lua saiu do mar
Parece que esse bar
Já vai fechar
E há sempre uma canção para contar
Aquela velha história de um desejo
Que todas as canções têm pra contar
E veio aquele beijo
Aquele beijo...
Áudio Elis Regina e demais músicos (versão original)
Áudio Elis Regina e demais músicos (versãoalternativa) (também aqui e aqui)
Mucuripe
Elis Regina: 30 anos depois...
Elis Regina revelou vários compositores. Dentre eles, numa cajadada só, Fagner e Belchior, com a belíssima interpretação de Mucuripe, presente em um de seu melhores discos: Elis, de 1972, arranjado por Cesar Camargo Mariano.
Mucuripe
Fagner e Belchior
As velas do Mucuripe, vão sair para pescar
Vou levar as minhas mágoas, pras águas fundas do mar
Hoje a noite namorar, sem ter medo da saudade
E sem vontade de casar
Calça nova de riscado, paletó de linho branco
Que até o mês passado, lá no campo inda era flor
Sob o meu chapéu quebrado, um sorriso ingênuo, franco
De um rapaz novo, encantado, com vinte anos de amor
Aquela estrela é dele
Vida, vento, vela, leva-me daqui
Áudio Elis Regina
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Fagner
Black is Beautiful
Elis Regina: 30 anos depois...
Black is Beautiful, dos irmãos Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, foi gravada por Elis em 1971 no seu álbum Ela, produzido por Nelson Motta. Participam da gravação: Hermes Contesini (percussão), Novelli (baixo elétrico), Sérgio Carvalho (órgão e piano), Wilson das Neves (bateria) e orquestra, com arranjos de Chiquinho de Moraes. No vídeo também apresentado aqui Elis, vestida de palhaço, interpreta a música no primeiro programa da série Elis Especial, com direção de Ronaldo Bôscoli e Luiz Carlos Miele, e exibido na Rede Globo em junho daquele ano.
Black is Beautiful
Marcos Valle e Paulo Sergio Valle
Hoje cedo, na Rua do Ouvidor
Quantos brancos horríveis eu vi
Eu quero um homem de cor
Um deus negro do Congo ou daqui
Que se integre no meu sangue europeu
Black is beautiful, black is beautiful
Black beauty so peaceful
I wanna a black I wanna a beautiful
Hoje à noite amante negro eu vou
Enfeitar o meu corpo no teu
Eu quero este homem de cor
Um deus negro do Congo ou daqui
Que se integre no meu sangue europeu
Áudio Elis Regina e demais músicos (também aqui)
Vídeo Elis Regina no programa Elis Especial no. 1
Você
Elis Regina: 30 anos depois...
Nesta postagem duas gravações de Você, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. A primeira é do disco Aquarela do Brasil, que Elis Regina gravou na Suécia ao lado do músico belga Toots Thielemans, em 1969. Além de Elis (voz) e Toots (assobio), também participam dessa gravação: Antônio Adolfo (piano), Hermes Contesini (percussão), Jurandir Meirelles (contrabaixo), Roberto Menescal (guitarra) e Wilson das Neves (bateria). Já a segunda versão da música, vertida para o inglês por Ray Gilbert, é do disco Elis Regina in London, outra gravação na Europa naquele mesmo ano. Salvo Toots, todos os músicos da versão sueca participam aqui acompanhados por uma orquestra inglesa regida pelo maestro Peter Knight.
Você
Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli
Manhã de tudo meu
Que cedo entardeceu
De quem a vida eu sou
E sei mais eu serei
Um beijo bom de sal
Em cada tarde vã
Virá sorrindo de manhã
Você
Você
Você
Tristeza que eu criei
Sonhei você pra mim
Vem mais pra mim, mas só
Um riso rindo a luz
A paz de céus azuis
Sereno bem de amor em mim
Áudio Elis Regina, Toots Thielemans e demais músicos
Você
Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli - versão: Ray Gilbert
Você
Manhã de todo meu
Você
When you go passing by
Você
I know the reason why
But how can I explain
Você
Can you explain the sea
Você
A sparrow in a tree
Or why somebody cares for you
Você
You look in someone's face
Você
And find your loving place
Você
Two waiting arms to hurry to
Você
There's no explaining love
Or all the wonders are
A simple Y-O-U
Você
Você
Você...
Áudio Elis Regina e demais músicos acompanhados por orquestra
Louvação
Elis Regina: 30 anos depois...
Em seguida ao grande sucesso do programa de televisão Dois na Bossa e do disco gravado ao vivo no Teatro Paramount (SP), a gravadora da dupla Elis Regina e Jair Rodrigues resolveu lançar o álbum Dois na Bossa Número 2, também gravado ao vivo, mas dessa vez no Teatro Record (SP), em 1966, do qual selecionei para esta postagem o ótimo dueto em Louvação, composição de Gilberto Gil e Torquato Neto, com o acompanhamento do Bossa Jazz Trio: Amilson Godoy (piano), Jurandir Meirelles (contrabaixo) e José Roberto Sarsano (bateria).
Louvação
Gilberto Gil e Torquato Neto
Vou fazer a louvação - louvação, louvação
Do que deve ser louvado - ser louvado, ser louvado
Meu povo, preste atenção - atenção, atenção
E me escute com cuidado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
E louvo pra começar
Da vida o que é bem maior
Louvo a esperança da gente
Na vida pra ser melhor
Quem espera sempre alcança
Três vezes salve à esperança
Louvo quem espera sabendo
Que pra melhor esperar
Procede bem quem não para
De sempre mais trabalhar
Que só espera sentado
Quem se acha conformado
Tô fazendo a louvação - louvação, louvação
Do que deve ser louvado - ser louvado
Quem tiver me escutando - atenção, atenção
Que me escute com cuidado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
Louvo agora e louvo sempre
Porque grande sempre é
Louvo a força do homem
A beleza da mulher
Louvo a paz pra haver na terra
Louvo o amor que espanta a guerra
Louvo a amizade do amigo
Que comigo há de morrer
Louvo a vida merecida
De quem morre pra viver
Louvo a luta repetida
Da vida pra não morrer
Tô fazendo a louvação - louvação, louvação
Do que deve ser louvado - ser louvado
Quem tiver me escutando - atenção, atenção
Falo de peito lavado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado
Louvo a casa onde se mora
De junto da companheira
Louvo o jardim que se planta
Pra ver crescer a roseira
Louvo a canção que se canta
Pra chamar a primavera
Louvo quem canta e não canta
Porque não sabe cantar
Mas que cantará na certa
Quando enfim se apresentar
O dia certo e preciso
De toda gente cantar
E assim fiz a louvação - louvação, louvação
Do que vi pra ser louvado - ser louvado
Se me ouviram com atenção - atenção, atenção
Saberão se estive errado
Louvando o que bem merece
Deixando o ruim de lado
Áudio Elis Regina, Jair Rodrigues e Bossa Jazz Trio
Dor de Cotovelo
Elis Regina: 30 anos depois...
Dor de Cotovelo, de João Roberto Kelly, está no primeiro álbum de Elis, Viva a Brotolândia, lançado em 1961, quando tinha apenas 16 anos. Acompanha a estreante cantora a orquestra de Severino Filho.
Dor de Cotovelo
João Roberto Kelly
Beber pra esquecer é teimosia
Hoje muito whisky, muita alegria,
Amanhã, ressaca, saco de gelo
O bar não é doutor que cure a dor-de-cotovelo
A dor pra curar não tem receita
É corcunda que se deita
Sem achar a posição
E sentir saudade não faz mal
Não é no fundo do copo
Que você vai encontrar sua moral
Áudio Elis Regina e orquestra de Severino Filho
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Elis, Elis
Sobre a foto acima ver aqui
Elis Regina: 30 anos depois...
Homenagem à saudosa Pimentinha no Festival dos Festivais, da Rede Globo, em 1985, defendida por Emílio Santiago, que ganhou o prêmio de melhor intérprete.
Elis, Elis
Estevan Natolo Jr. e Marcelo Simões
O sol se escondeu mais cedo
E o medo tomou conta do poeta
Feriu o bandido, calou o profeta
A cortina do palco não se abriu
Mas a plateia inteira cantou a mais triste cantiga de amor
Quem diz, quem diz, quem diz que você partiu
Mente, mente, somente não sabe de você aqui tão presente
Não viu o bêbado dobrando a esquina
Não ouviu a doce voz da menina
Não andou no arame de uma corda bamba
Não cantou o mais bonito dos sambas
Não fugiu, não fugiu num rabo de foguete
Quem diz, quem diz, quem diz que você partiu
Não sabe, não sabe que o show de todo artista
Tem que continuar
Vídeo Emílio Santiago
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Marcelo Simões
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Naquela Estação
Naquela Estação, de Caetano Veloso e João Donato, está no primeiro disco de Adriana Calcanhotto, Enguiço, de 1990. Participam dessa gravação: Adriana Calcanhotto (voz), Celso Fonseca (violão), Victor Biglione (guitarra), Márcio Montarroyos (trompete), Julinho Teixeira (teclado), Jurim (percussão), Mazzola (percussão) e Renato Ladeira (programação de bateria).
Naquela Estação
Caetano Veloso e João Donato
Você entrou no trem
E eu na estação vendo o céu fugir
Também não dava mais para tentar
Lhe convencer a não partir
E agora, tudo bem
Você partiu
Para ver outras paisagens
E o meu coração embora
Finja fazer mil viagens
Fica batendo parado naquela estação
Áudio Adriana Calcanhotto e demais músicos
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Pais e Filhos
Lançada em 1991 no ótimo disco As Quatro Estações do Legião Urbana, hino de toda uma geração, a música Pais e Filhos é interpretada por seus próprios autores: Dado Villa-Lobos (guitarras e baixo elétrico), Marcelo Bonfá (bateria) e Renato Russo (voz e violão). Os versos É preciso amar as pessoas / Como se não houvesse amanhã / Porque se você parar pra pensar / Na verdade não há fazem a gente refletir sobre a efemeridade e, ao mesmo tempo, presentificação da vida.
Pais e Filhos
Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Russo
Estátuas e cofres e paredes pintadas
Ninguém sabe o que aconteceu.
Ela se jogou da janela do quinto andar
Nada é fácil de entender.
Dorme agora,
é só o vento lá fora.
Quero colo! Vou fugir de casa!
Posso dormir aqui com vocês?
Estou com medo, tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três.
Meu filho vai ter nome de santo
Quero o nome mais bonito.
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há.
Me diz, por que que o céu é azul?
Explica a grande fúria do mundo
São meus filhos
Que tomam conta de mim.
Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar.
Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais.
Sou uma gota d'água,
sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não te entendem,
Mas você não entende seus pais.
Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser,
Quando você crescer?
Áudio Legião Urbana
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
"Índios"
Foto do encarte do CD Dois obtida aqui
"Índios", de Renato Russo, é a faixa que encerra o disco Dois, do Legião Urbana, lançado em 1986. Participam dessa gravação: Renato Russo (voz, teclados e violão), Marcelo Bonfá (bateria) e Renato Rocha (baixo elétrico). Composição instigante até hoje, mais de 25 anos depois.
"Índios"
Renato Russo
Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um deus tão triste.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta pra mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta pra mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.
Áudio Legião Urbana
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sábado, 14 de janeiro de 2012
Mais Uma Vez
Mais Uma Vez, de Flavio Venturini e Renato Russo, numa gravação em que ambos os autores dividem os vocais, foi originalmente lançada em 1987 no disco Sete, da banda 14 Bis, da qual Venturini era integrante. Anos depois, o produtor Nilo Romero, no processo de remixagem dessa gravação para incluí-la no disco Renato Russo Presente (2003), encontrou um canal de voz em que Renato cantava a música na íntegra, a partir do qual foi feito então um novo arranjo instrumental, que conta com a participação do próprio Romero (baixo e violão aço), além de Jongui (bateria), Sacha Amback (teclados), Billy Brandão (guitarras) e Paulinho Moska (violões nylon e 12 cordas). Já na gravação de 1987 participam Magrão (violão, baixo e vocal), Vermelho (violão, teclados e vocal), Flavio Venturini (violão, teclados e vocal), Claudio Venturini (violão, guitarra e vocal) e Heli Rodrigues (bateria e percussão).
Mais Uma Vez
Flavio Venturini e Renato Russo
Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança
Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Áudio Renato Russo e demais músicos
Áudio 14 Bis e Renato Russo
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Como Eu Quero
Como Eu Quero, de Leoni e Paula Toller, balada romântica do então Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, está no primeiro LP da banda, Seu Espião, de 1984. O Kid, além de Paula Toller (voz), Bruno Fortunato (guitarra) e George Israel (saxofone), contava nessa época com Leoni (vocal e baixo elétrico). Também participam dessa versão: Liminha (arranjos e drum machine), Jorjão Barreto (teclados) e Serginho Herval do Roupa Nova (coro).
Como Eu Quero
Leoni e Paula Toller
Diz pra eu ficar muda
Faz cara de mistério
Tira essa bermuda
Que eu quero você sério
Dramas do sucesso
Mundo particular
Solos de guitarra
Não vão me conquistar
Uh, eu quero você
Como eu quero!
O que você precisa
É de um retoque total
Vou transformar o seu
Rascunho em arte final
Agora não tem jeito
Cê tá numa cilada
Cada um por si
Você por mim e mais nada
Longe do meu domínio
Cê vai de mal a pior
Vem que eu te ensino
Como ser bem melhor
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Meu Bem-Querer
Djavan por Gentil
Meu Bem-Querer, de Djavan, foi lançada em seu álbum Alumbramento, de 1980. Participam: Djavan (voz e violão Ovation); Wagner Tiso (piano, órgão, orquestração e regência); Sizão (baixo); Paulo César (bateria); Ari Piassarolo (guitarra); Chico Batera (percussão) e orquestra.
Meu Bem-Querer
Djavan
Meu bem-querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração
Meu bem-querer
Tem um "quê" de pecado
Acariciado pela emoção
Meu bem-querer, meu encanto
Tô sofrendo tanto
Amor
E o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor?
Áudio Djavan e demais músicos
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Flor de Lis
Flor de Lis é a música que abre o primeiro LP de Djavan, A Voz • O Violão • A Música de Djavan (1976). Participa dessa gravação um time de primeira: Edison (teclado); Helinho (guitarra); Luizão (baixo); Paulinho (bateria); Altamiro Carrilho (flauta e flautim); Marçal, Luna, Hermes (ritmo).
Flor de Lis
Djavan
Valei-me, deus!
É o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei,
Que amei, que amei, que amei
Será talvez
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis
E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira,
Poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu.
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terça-feira, 10 de janeiro de 2012
A Seta e o Alvo
A Seta e o Alvo
Paulinho Moska e Nilo Romero
Eu falo de amor à vida,
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte.
Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!"
E você só acredita quando eu juro.
Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?
Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.
Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera!
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?
Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?
Vídeo Paulinho Moska
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Sonífera Ilha
Sonífera Ilha
Branco Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto, Ciro Pessoa e Carlos Barmack
Não posso mais viver assim ao seu ladinho
Por isso colo meu ouvido no radinho
De pilha.
Pra te sintonizar
Sozinha numa ilha.
Sonífera ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz.
Áudio Titãs
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domingo, 8 de janeiro de 2012
Por Aí
Por Aí
Gonzaguinha
Muito que andar por aí
Muito que viver por aí
Muito que aprender por aí
Muito que aprontar por aí
Áudio Gonzaguinha
Vamos Fugir
Não falta vontade...
Vamos Fugir
Gilberto Gil
Vamos fugir
Deste lugar, baby
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue
Vamos fugir
Proutro lugar, baby
Vamos fugir
Pronde quer que você vá
Que você me carregue
Pois diga que irá
Irajá, Irajá
Pronde eu só veja você
Você veja a mim só
Marajó, Marajó
Qualquer outro lugar comum
Outro lugar qualquer
Guaporé, Guaporé
Qualquer outro lugar ao sol
Outro lugar ao sul
Céu azul, céu azul
Onde haja só meu corpo nu
Junto ao seu corpo nu
Vamos fugir
Proutro lugar, baby
Vamos fugir
Pronde haja um tobogã
Onde a gente escorregue
Todo dia de manhã
Flores que a gente regue
Uma banda de maçã
Outra banda de reggae
Áudio Gilberto Gil
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Núcleo Base
Núcleo Base
Edgard Scandurra
Meu amor, eu sinto muito, muito, muito, mas vou indo
Pois é tarde, muito tarde e eu preciso ir embora
Sinto muito meu amor mas acho que já vou andando
Amanhã acordo cedo e preciso ir embora
Eu queria ter você mas acho que já vou andando
Outro dia pode ser mas não vai dar pra ser agora la lala lalalala
Eu tentei fugir não queria me alistar
Eu quero lutar mas não com essa farda
Eu tentei fugir não queria me alistar
Eu quero lutar mas não com essa farda
E já está ficando tarde e eu estou muito cansado
Minha mente está tão cheia e estou me transbordando
Você pensa que sou louco mas estou só delirando
Você pensa que sou tolo mas estou só te olhando la lala lalalala
Áudio e vídeo Ira! Nasi (voz); Edgard Scandurra (violão, guitarra, voz); Ricardo Gaspa (contra-baixo, vocais); André Jung (bateria, percussão, voz)
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Flores em Você
Flores em Você
Edgard Scandurra
De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você!
Áudio Ira! Nasi (voz); Edgard Scandurra (violão, guitarra, voz); Ricardo Gaspa (contra-baixo, vocais); André Jung (bateria, percussão, voz) e participação de Jaques Morelenbaum (cello), Michel Bessler e Bernardo Bessler (violinos)
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terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Me Chama
Me Chama
Lobão
Chove lá fora
E aqui tá tanto frio
Me dá vontade de saber
Aonde está você?
Me telefona
Me chama! Me chama!
Me chama!
Nem sempre se vê
Lágrima no escuro
Lágrima no escuro
Lágrima!
Tá tudo cinza sem você
Tá tão vazio
E a noite fica
Sem porque
Nem sempre se vê!
Mágica no absurdo
Mágica no absurdo
Mágica!
Áudio e vídeo Lobão e os Ronaldos (Alice, Odeid, Guto e Baster)
Áudio Marina
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Família
A Família, de Tarsila do Amaral
Família
Arnaldo Antunes e Tony Bellotto
Família! Família!
Papai, mamãe, titia
Família! Família!
Almoça junto todo dia
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha
Quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe
Não dão nem um tostão
Família êh! Família ah!
Família! oh! êh! êh! êh!
Família êh! Família ah!
Família!
Família! Família!
Vovô, vovó, sobrinha
Família! Família!
Janta junto todo dia
Nunca perde essa mania
Mas quando o nenêm
Fica doente
Uô! Uô!
Procura uma farmácia de plantão
O choro do nenêm é estridente
Uô! Uô!
Assim não dá pra ver televisão
Família! Família!
Cachorro, gato, galinha
Família! Família!
Vive junto todo dia
Nunca perde essa mania
A mãe morre de medo de barata
Uô! Uô!
O pai vive com medo de ladrão
Jogaram inseticida pela casa
Uô! Uô!
Botaram cadeado no portão
Áudio Titãs
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domingo, 1 de janeiro de 2012
Sonho Meu
Sonho Meu
Ivone Lara e Delcio Carvalho
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meu
Vai mostrar esta saudade
Sonho meu
Com a sua liberdade
Sonho meu
No meu céu a estrela guia se perdeu
A madrugada fria só me traz melancolia
Sonho meu
Sinto o canto da noite
Na boca do vento
Fazer a dança das flores
No meu pensamento
Traz a pureza de um samba
Sentido, marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a flor
Áudio Maria Bethânia e Gal Costa
Áudio Clementina de Jesus e Ivone Lara
Áudio Ivone Lara e Djavan
Áudio Marina de la Riva
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