sexta-feira, 27 de maio de 2011

Luz


Luz
Djavan

No burro a canga
Na menina a tanga
O verde do mar é um
Verde num toque quase azul
Do infinito ao zoom...
Marelou...
Candomblé Oxum
Zamburar pra tirar egum
O que não se vê
Tá aí
Como tudo o que há
Minha fé riu-se de mim
Pelo quanto triste
Eu falei de dor
Como se no fundo
Da dor
Não vivesse a paixão

Mal-me-quer...
A vida segue seu lamento
Um tanto flor
Um leito de rio
No cio
Um cheiro de amor
É amor
Quando não diz
É fogo por um triz
Um trem entrou no meu "Eu"

E divagou feliz...
E na dor
Eu passo um giz
Arco-irisando a solidão
Na lição
Que o sol me traduz:
Viver da própria luz

Áudio Djavan (flauta: Hubert Laws)

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