segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Diga Lá, Coração
Encerrando este mês de outubro, todo dedicado a canções que tematizam ou citam o coração, não poderia deixar de apresentar uma música do saudoso Gonzaguinha, que possui uma grande produção versando sobre nosso "valente parceiro... pequeno guerreiro", a maioria já postada neste blog, como a ora citada Guerreiro Coração, e também Coração, Não Dá Mais Pra Segurar (Explode Coração), Caminhos do Coração (Pessoa = Pessoas), Meu Coração É Um Pandeiro, Com a Perna no Mundo (Acreditava na vida / Na alegria de ser / Nas coisas do coração...), Tem de Dia Que de Noite É Assim Mesmo (E quem não quer o coração / Batendo / Sem qualquer dificuldade), O Que É O Que É? (E a vida o que é? / Diga lá, meu irmão / Ela é a batida / De um coração...), Felicidade (A Força da Canção) (Meu coração não mente quando canta e diz / Eu faço exatamente o que sempre quis), Sangrando (Coração na boca / Peito aberto / Vou sangrando) e Simples Saudade (É a garra e a alegria de um simples menino / Que acredita nas pessoas / E no futuro / Que seja fruto da força imensa / De nossos corações). Nesta postagem: Diga Lá, Coração, composição própria, lançada em seu álbum Gonzaguinha da Vida, de 1979. A última estrofe é citação de Espere Por Mim Morena, também de Gonzaguinha.
Sobre o coração - outras sugestões minhas: Coração (Samba Anatômico), de Noel Rosa; Meu Violão, de Sidney Miller (Meu violão, meu coração que canta); Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar, de Isabella Taviani; O Surdo, de Totonho e Paulinho Rezende (Não deixe que eu vencido de cansaço / Me descuide desse abraço / E desfaça o compasso do passo do meu coração); Disparada, de Geraldo Vandré e Theo de Barros (Prepare o seu coração / Pras coisas que eu vou contar); Indeciso Coração, de João Bosco; Velas Içadas, de Ivan Lins e Vitor Martins (Seu coração é um barco de velas içadas); Oração, de Leo Fressato (Meu amor / Essa é a última oração / Pra salvar seu coração); Carinhoso, de Pixinguinha e Braguinha (Meu coração, não sei por quê / Bate feliz quando te vê); Corsário, de João Bosco e Aldir Blanc (Meu coração tropical está coberto de neve / Mas / Ferve em seu cofre gelado / A voz vibra e a mão escreve: / “Mar”); Insensatez, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes (A insensatez que você fez / Coração mais sem cuidado); Modinha, de Tom Jobim e Vinicius de Morais (Não, não pode mais meu coração / Viver assim dilacerado / Escravizado a uma ilusão / Que é só desilusão); Mulher, Eu Sei, de Chico César (Eu sei como pisar / No coração de uma mulher / Já fui mulher, eu sei).
Diga Lá, Coração
Gonzaguinha
São coisas dessa vida tão cigana
Caminhos como as linhas dessa mão
Vontade de chegar
E olha eu chegando!
E vem essa cigarra no meu peito
Já querendo ir cantar noutro lugar.
Diga lá, meu coração
Da alegria de rever essa menina,
E abraçá-la,
E beijá-la.
Diga lá, meu coração
Conte as estórias das pessoas,
Nas estradas dessa vida.
Chore essa saudade estrangulada
Fale, sem você não há mais nada
Olhe bem nos olhos da morena e veja lá no fundo
A luz daquela primavera.
Durma qual criança no seu colo
Sinta o cheiro forte do teu solo
Passe a mão nos seus cabelos negros
Diga um verso bem bonito e de novo vá embora
Diga lá, meu coração
Que ela está dentro em peito e bem guardada
E que é preciso
Mais que nunca
Prosseguir,
Prosseguir.
Espere por mim, morena
Espere que eu chego já
O amor por você
Morena
Áudio Gonzaguinha (também aqui)
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